quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Doctor Who 2005 - 3x07 - "42"

Posted on 01:11 by Unknown

O episódio começa com o Doutor colocando o celular de Martha na função de "Roaming Universal", ele ele colocou no celular de Rose também. Eles recebem um SOS da S.S. Pentallian, uma nave humana que está à deriva próximo a uma estrela. O Doutor pilota o TARDIS em uma rota para ajudar. Quando eles materializam-se, são separados do TARDIS por causa das temperaturas que estão elevando-se. Logo, são forçados a ajudar a tripulação da nave, liderados pela Capitã McDonnell. O objetivo é religar os motores e salvar a todos num prazo máximo de 42 minutos, porque senão... Todo mundo vai virar churrasco na estrela.

Martha ajuda um tripulante, Riley, para atravessar as trinta portas trancadas no caminho até a ponte, todas com travas de segurança que são descobertas por charadas, e perguntas. O Doutor ajuda a engenharia a consertar os motores. Martha liga para a sua mãe (Francine) para responder algumas das perguntas, mas não responde a nenhuma das perguntas da mãe a respeito do Doutor.

O Doutor descobre que o esposo da Capitã, Korwin, tem algo que faz a temperatura do seu corpo elevar-se a níveis inacreditáveis, e tenta sedá-lo enquanto os reparos continuam. Korwin não reage ao sedativo e começa a matar vários tripulantes, infectando Ashton também. Martha e Riley continuam lutando contra as portas, e Ashton tenta atacá-los. Eles escondem-se em cápsulas de escape, sendo que Riley é ejetado e cai na estrela. Martha liga para a sua mãe novamente, mas desliga quando percebe que Francine está sendo orientada a descobrir mais informações a respeito do Doutor - há uma agente do governo ouvindo a conversa.

O Doutor fica sabendo de que Martha está com um "probleminha", mete uma roupa espacial, vai até o lado de fora da comporta de ar e remagnetiza a cápsula, para trazê-la de volta. O Doutor olha diretamente para a estrela e é também infectado, descobrindo que na verdade, a estrela é um ser vivo. A equipe tenta ajudar o Doutor, e a Capitã confessa que drenou matéria da estrela para usar como combustível (alguém lembrou do Fuel Scoop, do Elite, ou só eu?). Ela agora quer de volta. Martha coloca o Doutor numa câmara de estase, para evitar que ele regenere, e a tripulação continua a trabalhar na nave. Korwin aparece, desliga a câmara de estase, e o Doutor insiste com Martha para deixá-lo, e avisar a tripulação de ejetar o combustível todo. Enquanto isso, ele luta com a estrela pela posse do seu próprio corpo.

Martha corre até a ponte (finalmente chegaram lá), e repassa a mensagem do Doutor. A Capitã encontra o esposo, pede desculpas a todos pelos seus erros, e se mata (e mata o marido), ejetando a ambos pela comporta de ar. A nave ejeta o seu combustível, os motores são reiniciados, e movem-se para longe da estrela. A possessão "estelar" sobre o Doutor dissipa-se aos poucos, e todos se reagrupam. Eles avaliam que estão finalmente seguros, e que a tripulação fará um pedido de mais combustível para a base, para continuar a missão. O Doutor e Martha pegam o TARDIS para ir embora, e ele dá uma chave da nave para ela. Martha liga novamente para a sua mãe, fica sabendo que é Dia de Eleição, convida-a para um chá. No final, a oficial que estava monitorando Francine confisca a secretária eletrônica, agradecendo pela ajuda e pelo seu voto em Harold Saxon.



Antes de tudo, Tiago Andrade, rejubile-se! O nome do episódio é uma claríssima referência a Douglas Noel Adams, "O Guia do Mochileiro das Galáxias" e tudo o mais. Douglas Adams foi roteirista e autor de episódios da série original de Doctor Who, entre 1963 e 1989. Outra referência é à série 24 Horas. 42 é o contrário de 24, e o episódio é todo rodado em tempo real.

Vamos então ao episódio: Ele tem um tom de "Jogos Mortais", nesses quebra-cabeças-que-matam-ou-salvam, e uma ambientação que lembra muito a dupla de episódios da 2a temporada "The Impossible Planet" e "The Satan Pit". A idéia é simples, o incidente é inesperado, mas a sacada está nos detalhes, como o inesperado, como uma estrela viva. Isso me lembra Solaris, de Stanislaw Lem (está aqui me esperando para lê-lo - tem os filmes também, do Andrey Tarkovski, e do Steven Soddenbergh), e alguns episódios de "Jornada nas Estrelas" (que um dia eu resenharei aqui). Tem um pouco do messianismo do Doutor também, dele resistindo à possessão de uma estrela (muito maior e mais poderosa do que ele), o que novamente não me agrada muito.

É um episódio muito melhor do que a média da temporada, mas mesmo assim na 2a tiveram vários melhores. É bom, interessante, corrido, quase asfixiante. Mas não é um episódio que você acaba empolgado. Eu gostei, pelo menos melhora o nível da 3a temporada, que foi fraca.

Vamos às curiosidades:
  • O Doutor tenta explicar à Martha o que é a regeneração para Martha, no caminho para a câmara de estase. Se bem que, mesmo que ele fizesse a regeneração, era possível que ele continuasse possuído.
  • Há similaridades com um episódio do Quarto Doutor, onde um planeta é consciente, e ele quer o material minerado dele de volta. Já pensou se fosse Mogo, o Planeta Lanterna Verde?
  • A frase "Queime Comigo" foi primeiro usada no episódio 1 da temporada corrente, quando o Plasmavore foi atacado pelos Judoon.
  • O Doutor pergunta onde está o "espírito de Dunquerque" numa referência à evacuação e a batalha de Dunquerque, na 2a Guerra Mundial.
  • Nas perguntas para abrir as portas, há perguntas de "música clássica" que está relacionada a Elvis Presley e The Beatles,
  • Martha ligar para a mãe para responder algumas perguntas faz referência à opção de ligar para um amigo, que vemos inicialmente em jogos como Quem Quer Ser Um Milionário, e copiados, por exemplo, no CQTeste, do CQC.
  • Outra pergunta está relacionada a qual é o próximo número na sequência, e ela consiste de números primos felizes. Coisa de matemático algebrista que não tem muito o que fazer, admito. Não dá para defender a classe num momento como esse, apesar de achar curioso - sim, eu sou matemático e professor de matemática.
Bem, é isso. No próximo episódio, um outro duplo, que ocorre no passado. Allons-y!

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