O episódio começa com o TARDIS materializando-se em uma Base Santuário, preparada para explorações no espaço profundo. Sim, estamos no futuro, e o Doutor está um pouco fora de rota. Logo eles encontram uma inscrição na parede da estação que o TARDIS não consegue traduzir, e pela primeira vez eles tem contato com os Ood.
Os Ood são uma raça de seres inteligentes, empáticos, servis e que trabalham na estação. A estação é liderada por quatro pessoas (capitão, oficial de ciências, chefe da segurança e arqueólogo), e está numa expedição para examinar uma planeta que está em órbita... De um buraco negro. Sim, um buraco negro! Bizarro, não? Buracos negros são pontos de singularidade no espaço, e da sua força gravitacional não escapa nem a luz... Mas esse planeta, cujo nome é Krop Tor, escapa. Na verdade, ele está em órbita geoestacionária ao redor do buraco negro, e o Doutor calcula que existe uma energia muito poderosa que consegue contrabalançar a atração do buraco negro.
A tripulação (acompanhada pelos Ood) está perfurando a crosta planetária (16 quilômetros já perfurados), com o objetivo de encontrar essa monumental fonte de energia e estudá-la. Segundo eles, a fonte de energia era de uma antiga civilização que habitava o planeta, e a inscrição na parede é a transcrição de um antigo escrito desse povo.
Só que um tremor de terra afeta a estação, e as seções 5 a 8 são destruídas. Pela lei de Murphy, o TARDIS está na seção... Número 6. Sim, ele cai no planeta, e some por uma fenda do solo. O Doutor e Rose estão presos. Logo depois, começa a sentir-se uma presença maligna no ar: Os Oods emitem mensagens estranhas pelos seus tradutores, algo como uma fala da besta acordando para lutar contra Deus. Esquisito, não? Piora quando um dos membros da equipe (o arqueólogo) é possuído por um espírito maligno.
Enquanto isso, a equipe chega ao centro do planeta, onde encontra uma caverna gigantesca, com esculturas gigantes e antigas espalhadas pelas paredes, além de um disco gigantesco no chão, coberto por inscrições, que o Doutor suspeita ser um alçapão. É de lá que a fonte de energia emana.
E para quem achava que os Ood estavam aqui à toa, o campo telepático que os une sobe a níveis mortais... Mas eles continuam vivos. O espírito maligno sai do arqueólogo e toma posse dos Ood, anunciando a si mesmo como a Legião da besta, e avança para cima dos membros da tripulação e Rose. Tudo isso coincide com a abertura do alçapão, o ruir da caverna e o início da falha do campo gravitacional que protege o planeta. Sim, ele está sendo tragado pelo buraco negro. A besta fala através dos Ood, e o alçapão se abre...

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... E corta para o próximo episódio. Não sei se Doctor Who em algum momento já entrou no belicoso assunto da religião, em seus mais de 30 anos de episódios. Afinal, para uma série que baseia-se em ciência (que explica o como), tratar de fé (que explica o porquê) é algo no mínimo sensível. Afinal, existem extremos de ambos os lados (ateus e religiosos). Mas o foco do episódio é a aventura, e não questões religiosas/filosóficas/metafísicas. Bem, até aí, um pouco de clichês (todo mundo sabe que os Ood estão ali para fazerem algo que não deveriam, o mal que não deve ser cutucado com vara curta, etc), num episódio que gera suspense. Melhora com o próximo, e resolve-se os mistérios (ainda bem).

Algumas curiosidades:

• Sim, a base é uma referência ao filme Alien: o 8o passageiro. Parece com a Nostromo, não?
• Não é o primeiro adversário que o Doutor enfrenta e que manipula a gravidade, ele já encontrou outros que fazem a mesma coisa por quatro vezes anteriores.
• A desculpa para o TARDIS errar o caminho é... Indigestão. Sim, o TARDIS tem problemas estomacais, e já teve isso inclusive no filme para a TV, de 1996.
• Calcula-se que o episódio passa-se no ano de 4126, embora não esteja 100% claro.
• O telefone de Rose perde o sinal, mas ainda assim recebe um SMS do coisa-ruim!
• No final do episódio, os Ood começam a listar os nomes pelos quais o capiroto é referenciado, e um deles é Abbadon, que tem uma participação em Torchwood...
• Chegaram a pensar em colocar os Ood como da mesma raça dos Slitheen, mas felizmente não o fizeram.
• As máscaras usadas pelos atores para serem os Ood tinham os olhos em posições diferentes das humanas, logo eles atuaram cegos. Não que tenha atrapalhado muito...
• Há um monte de referências ao capeta, incluindo a repetição dos 3 números 6, em sequência.
  

E as coisas continuam e se fecham no próximo episódio, semana que vem. Allons-y!