O episódio começa mostrando Martha Jones, uma jovem negra e estudante de medicina no celular, numa discussão com chamadas em espera, entre ela e sua família: Pai, mãe, irmão, irmã... No caminho, ela esbarra em um sujeito estranho, que fala para ela: "Eu não te disse?". Ela não entende nada. Ao chegar no trabalho, encontra de novo o mesmo cidadão, agora deitado numa cama posando como um paciente, cujo nome é John Smith (o nosso "José da Silva"). Ele não se lembra dela pela manhã, mais cedo.

Uma força policial mercenária brutal, os Judoon (humanóides com cara de rinocerontes), transportam o hospital (o Royal Hope Hospital) para a Lua. Na Terra eles não tem jurisdição, e fazem isso para prender e executar uma Plasmavore, que tem as habilidades de mudar de forma de acordo com o sangue da espécie que ela sugou. Os Judoon invadem o hospital, agora na Lua, atrás dessa criminosa não-humana. E cataloga todos os humanos no caminho. Essa criminosa tenta fugir sugando o sangue de humanos, e a primeira vítima é o Sr. Stoker, o médico-chefe. Assim, ela se passa por humana.

Nosso caro John Smith é acertadamente identificado como "não-humano", e perseguido como se fosse o fugitivo. Martha já tinha se afeiçoado ao Doutor, e foge junto. Nessa eles encontram o corpo do médico-chefe, e a suspeita do Doutor é confirmada. Assim também entendemos porque o Doutor foi até o hospital. Ele beija Martha, deixando fragmentos de DNA dele nela, e ela fica para trás, ganhando tempo para o Doutor encontrar a Plasmavore.

Não demora muito para a vilã do episódio encontrar o Doutor, sugar parte do sangue dele (que desmaia). Os Judoon acham que o Doutor é a Plasmavore disfarçada, mas Martha prova com um scanner deles mesmos que aquela senhora simpática (Florence Finnegan) é a vilã disfarçada: Ela tinha sugado sangue não-humano agora. Assim, os Judoon executam-na, por ter assassinado a Princesa Criança da Nona Regência de Padrivole.

A Plasmavore deixou um aparelho de ressonância magnética modificado, de forma que explodisse, destruísse toda a vida na Lua e por tabela, em metade da Terra. Era o seu plano de fuga. Os Judoon vão embora, Martha consegue reviver o Doutor e ele desliga o aparelho. Os Judoon ainda levam o prédio do hospital de volta à Terra, justamente quando o oxigênio está quase acabando (sempre no quase).

Martha finalmente vai até a festa de aniversário do seu irmão, mas acaba no meio de uma briga de família: Pai com a nova namorada, mãe que não aceita... Ih, eita confusão! Ela encontra o Doutor, segue-o até o TARDIS, e recebe um convite para uma viagem com ele, como recompensa pela ajuda dela. Ela hesita, mas ele fala que a viagem também pode ser no tempo, e prova voltando no tempo, na manhã anterior e tirando a gravata na frente dela, sendo um sujeito estranho: "Mudar eventos pré-estabelecidos é estritamente proibido... Exceto por alguns truques". Ela entra no TARDIS, o Doutor cita Rose, enfatiza que ela não está substituindo-a, mas apenas está ganhando uma viagem de cortesia, já que ele prefere viajar sozinho.

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E começa a 3a temporada de Doctor Who, com uma nova companheira, Martha Jones. A atriz (Freema Agyeman) é a primeira companheira do Doutor que é negra, mas não é essa a sua primeira aparição na série: Ela foi uma das primeiras vítimas dos Cybermen, no episódio "Army of Ghosts", no final da 2a temporada, seu nome era Adeola Oshodi. Depois fala-se que ela era prima de Martha. Mas ela não é a única a reaparecer: A atriz que faz sua mãe (Adjoa Andoh) apareceu antes como a Irmã Jatt no episódio "New Earth". Ainda existem outros que apareceram na série clássica do Doutor.

Vamos a algumas curiosidades:

• Martha pergunta ao Doutor se ele não tem um irmão, e ele diz "não mais". É uma referência a um spin-off em livros da série, onde o irmão do Doutor chama-se Irving Braxiatel.
• Vemos algumas referências a uma pessoa cujo sobrenome é Saxon, incluindo um poster escrito "Vote Saxon". Veremos mais quem é esse homem depois.
  
• O apelido do Doutor, "John Smith" não vem de agora, mas o curioso é que "John Smith" é um nome muito comum, seria o nosso "José da Silva". O Doutor usou muito esse apelido.
  
• O Doutor usa o mesmo robe que pertencia ao amigo da Jackie Tyler, Howard, do episódio "The Christmas Invasion".
• Martha faz referência a diversos acontecimentos: O choque da nave alienígena ao Big Ben; a nave alienígena sobre Londres, o rio Tâmisa secando, e a invasão dos Cybermen. Aí é que se fala que a prima dela, Adeola, desapareceu (a ponte feita entre dois personagens feitos pela própria atriz).
  
• Ele faz a mesma coisa que fez com Rose, no primeiro episódio de todos: Segura na mão dela e diz: "Corra!"
• O Doutor pede um milk-shake de banana, que é mencionado em dois episódios: "The Doctor Dances" and "The Girl in the Fireplace".

O episódio é divertido, nada de espetacular: Martha parece uma personagem interessante, mas a própria atriz cai na esteira do sucesso de Billie Piper como Rose, o que com certeza atrapalha muito. A própria personagem vive à sombra de Rose, mesmo não tendo-a conhecido. Os Judoon não são lá grandes coisas, a Plasmavore é uma vilã razoável... O Doutor está bom, mas o episódio é de regular para bom. E, como já é uma tradição, a primeira viagem do episódio de uma companhia nova é para o passado longuínquo e a segunda para o futuro. Então, nada como visitar... Shakespeare? Isso mesmo. Aguarde o próximo episódio, e allons-y!