quarta-feira, 29 de julho de 2009

Doctor Who 2005 - 2x05 - "Rise of the Cybermen"

Posted on 01:11 by Unknown

Enquanto o Doutor e Rose relembram aventuras passadas, Mickey ouve e começa a sentir-se um encosto, como se eles tivessem recebido-o apenas de favor. Mas antes mesmo de mais algum comentário, o TARDIS é sacudido por uma forte explosão e apaga completamente. O Doutor descobre que o TARDIS (sabe-se lá por quê) saiu do vórtice temporal e caiu no limbo, pousando em algum lugar, mas ainda assim, parecendo que estava morto. Eles resolvem sair e descobrem-se na Terra, em Londres, só que num universo paralelo (eu não disse que seria diferente?). Dirigíveis (zepelins) voam nos céus, e Rose vê um comercial com seu pai, Pete Tyler, aqui um bem-sucedido homem de negócios.

Sabemos então por que o TARDIS apagou: Ele só funciona com energia vinda do seu próprio universo. Mas o Doutor consegue achar uma centelha de energia, que será usada para recarregar o TARDIS. Ele a assopra (perdendo 10 anos de vida), e a célula começa a recarregar-se. A carga estará plena em 24 horas, e assim poderão voltar para o seu universo. Rose e Mickey decidem procurar o pai de Rose e a avó de Mickey, pelo visto ambos vivos nesse universo. O Doutor, preocupado com ambos, acaba correndo atrás da Rose (e deixando o Mickey de lado, oh que novidade!).

Uma das curiosidades menores desse universo é que a Grã-Bretanha é uma república, e tem presidente! Mas uma curiosidade maior é que a população usa uma espécie de headphones (os EarPods), que são ativados à distância periodicamente, descarregando direto no cérebro informações, notícias... Até piadas. Tudo funciona pela rede celular (o celular de Rose pega também). Está pensando o mesmo que eu? Pois é, tem isso também, mais à frente. Eles descobrem também que a empresa de Pete pertence a um poderoso empresário, John Lumic, dono das Indústrias Cybus (sim, eles tem site!), que quer a aprovação do Comitê de Ética da Grã-Bretanha para empregar a sua última criação: Uma maneira de preservar o cérebro humano indefinidamente, envolto em produtos químicos, e seus impulsos elétricos redirecionados para um exoesqueleto de metal. Ou seja, robôs com cérebros humanos. Ciborgues, eu diria. Pena que são feios de doer, e não atraentes como a Major Motoko Kusanagi, de "Ghost in the Shell: Stand-Alone Complex"... Mas voltando a Doctor Who: Lumic quer tirar proveito disso para si próprio, visto que ele tem câncer, e qualquer vilão megalomaníaco quer que seu domínio seja eterno. Logo, arrumemos uma maneira de preservar a vida indefinidamente. E é óbvio que o Lumic já está fazendo experiências, e usando sem-teto, mendigos e desempregados para seus experimentos. Inicialmente usando EarPods para controlar esses marginalizados. Depois, para transformá-los nesses robôs, que ele chama de Cybermen.

Mickey encontra a avó viva, mas antes de encontrá-la, é capturado por um grupo numa van. Um dos que o capturaram (Jake) chama-o de Ricky, e diz que ele é o sujeito mais procurado de toda a Inglaterra, que tem evidências do que Lumic está fazendo com os sem-teto, etc e tal. Quando chegamos no esconderijo, entendemos que o Mickey desse universo é o líder de um grupo conhecido como os "Pregadores", que rejeitam os EarPods e pretendem denunciar os atos de Lumic. É claro que rola uma confusão por causa da existência de dois sujeitos iguais, mas eles seguem rumo à mansão de Pete Tyler.

E obviamente que o Doutor e Rose estão lá, na mansão de Pete Tyler, para presenciar uma grande festa, com a presença do presidente e John Lumic. O Doutor e Rose disfarçam-se como parte dos criados (ele como garçom, e ela como uma garçonete), e descobrem que Pete e Jackie não tem filhos, mas uma cachorrinha chamada Rose, além de estarem se separando secretamente. Ao longo da festa, além de um "momento-família" (entre aspas porque não é exatamente uma família), entre Rose, Jackie e Pete, Lumic apresenta seus planos para o protótipo. Ouvimos o som de um exército marchando ao redor da casa, os Cybermen. Lumic avisa a todos os presentes que eles serão "atualizados" para humanos 2.0 (os Cybermen). O presidente é morto, e o episódio fecha com o Doutor, Rose, Mickey, Ricky (Mickey desse universo), Jake (dos Pregadores) e Jackie cercados pelos Cybermen. E o Doutor gritando que todos se rendem.




Os Cybermen são vilões que contam com muita popularidade entre os fãs de Doctor Who. Eu, particularmente, prefiro os saleiros ambulantes, os Daleks. Mas o curioso é que os Cybermen surgem em várias realidades e momentos distintos. Aqui, eles aparecem em outra realidade, em outro universo, e obra e criação humana. São recorrentes na série, aparecendo inicialmente em 1966 e reaparecendo agora, 40 anos depois. Bem, na página da Wikipédia tem muita informação sobre eles.

Não considero um grande episódio, por ser um tanto quanto óbvio: Sujeito cheio de dinheiro e moribundo resolve inventar algo para esticar a própria vida e quer estender isso ao mundo todo... Meio clichê, na minha opinião. Mas esse episódio tem muitas curiosidades:
  • Roger Lloyd Pack (John Lumic) e David Tennant (Doctor Who) já trabalharam juntos... Como pai e filho! E provavelmente num filme que você já viu: Harry Potter e o Cálice de Fogo. Respectivamente Barty Crouch Sr. e Barty Crouch Jr.
  • Colin Spaull (Sr Crane) já trabalhou na série clássica do Doutor, e Don Warrington (o Presidente da Grã-Bretanha), fez a voz de Rassilon, o fundador da sociedade dos Senhores do Tempo em audiolivros (antigos) do Doutor. Ah, o diretor desse episódio (e do próximo) também dirigiu episódios da série clássica também.
  • Os atores que fazem os Cybermen tiveram que treinar muita coreografia para marchar daquele jeito.
  • John Lumic está o tempo todo numa cadeira de rodas, e isso serviu muito bem ao roteiro, mostrando o desejo dele de tornar-se um Cybermen. Mas o que o levou a isso foi uma situação inusitada: O ator estava com a perna fraturada.
  • Notem no início, quando o TARDIS cai pelo vórtice, que seis máscaras de gás caem do alto sobre o painel. Essa é a primeira referência de que o TARDIS precisava de 6 pessoas para pilotá-lo corretamente.
  • Há referências a Torchwood no episódio, como aliás, tem em toda a segunda temporada. Fica para vocês descobrirem quais são (e são duas).
  • Há várias referências a episódios passados da série clássica, como o nome da empresa dos caminhões que levam os marginalizados, e o aniversário de 40 anos de Jackie como os 40 anos dos Cybermen.
  • O telefone de Rose mudou, de um Nokia para um Samsung. Merchandising maior, talvez. Tem o Ricky e o Mickey... Lembram como o Nono Doutor chamava o Mickey, na 1a temporada? Então.
  • Universos paralelos em Doctor Who foram pouco empregados (ainda bem), mas tem algumas contradições com um episódio de 1970, chamado Inferno, onde temos viagens entre universos paralelos também.
  • E sim, os EarPods são críticas veladas à nossa sociedade, controle mental, etc e tal.
  • Ah, tem uma cena, dos zepelins voando sobre a Estação de Energia de Battersea (hoje em dia desativada, e onde a ação se desenrola), que é reciclada de uma proposta de capa do disco do Pink Floyd, Animals. Não parece familiar, ela? Pois é, Pink Floyd! U-hu!
No próximo episódio, o fechamento dessa confusão toda, algumas explicações, e... Algumas surpresas. Espero que gostem. Allons-y!

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