quarta-feira, 22 de julho de 2009
Doctor Who 2005 - 2x04 - "The girl in the Fireplace"
O episódio começa com o TARDIS pousando numa nave espacial parada no espaço. Ela está funcional, mas sem tripulação a bordo. O Doutor, Rose e Mickey (que acompanhou-os depois do último episódio), investigando a nave, encontram uma lareira. Olhando mais de perto, descobrem que essa lareira é francesa, e do século XVIII. Olhando através da lareira, o Doutor encontra uma menina, chamada Reinette, e mora em Paris, em 1727.
A lareira é uma janela do tempo, permitindo acesso direto a outro tempo e espaço, atravessando-a simplesmente. E, passando através dessa lareira, o Doutor chega no quarto de Reinette, mas com um fato curioso: Enquanto segundos se passaram para o Doutor, meses se passaram para Reinette. Investigando o quarto, e por que existe essa janela do tempo, o Doutor encontra um andróide debaixo da cama da menina, e consegue enganá-lo, fazendo-o voltar pela janela do tempo na lareira. Lá eles páram o andróide e descobrem que ele é completamente mecânico: Todo feito com engrenagens, como se fosse um grande, intrincado e belo relógio de corda. Só que mais sofisticado.
Mas por quê esse andróide tem interesse nessa menina? Quando o Doutor volta para perguntar a Reinette, o tempo passou mais ainda: Ela cresceu, e hoje é uma linda, charmosa e inteligente jovem, dama da Corte Francesa. Sim, o Doutor fica encantado, e eles chegam a se beijar. Mas ela corre para atender um chamado, e ele ouve como ela foi chamada: "Mademoiselle Poisson". Ou seja, ela é Jeanne-Antoinette Poisson, também conhecida como Madame de Pompadour, amante do Rei Luís XV, mulher inteligente e que exerceu grande influência na França pré-Revolução Francesa. E ainda, por coincidência, uma figura histórica admirada pelo Doutor.
De volta à nave, o Doutor, Rose e Mickey encontram várias janelas de tempo espalhadas pela nave, e todas convergindo para momentos da vida de Madame de Pompadour. Em um deles, um dos andróides tenta decaptá-la, mas o Doutor interfere e a defende. Ordenando o andróide a se explicar, ficamos sabendo do que ocorreu: A nave foi danificada numa tempestade iônica, e a equipe de robôs de manutenção matou a tripulação para pegar seus órgãos como peças de reparo para a nave. E só falta uma peça, o cérebro de Reinette.
Rose e Mickey são aprisionados pelos andróides, mas são salvos pelo Doutor, que descobre que irão abrir uma janela do tempo para a vida de Reinette, quando ela estiver com 37 anos. Segundo o sistema da nave (que como toda máquina, age literalmente), o seu cérebro será compatível com o sistema da nave, que tem 37 anos. O Doutor, Rose e Mickey assistem tudo através de um espelho, mas que não pode ser quebrado - senão rompe-se a conexão. Mesmo assim o Doutor salta (a cavalo), quebra o espelho para salvá-la de ser decaptada. Os andróides são desativados quando sabem que não poderão voltar para a sua nave.
Jeanne confessa que levou a lareira para Versailles (onde mora agora) na esperança de revê-lo. O Doutor, apaixonado, volta pela janela para a nave, e promete à Reinette que irá voltar para buscá-la. Só que, quando ele volta, ele só encontra o rei Luís XV, com uma carta que ela deixou para ele: Ela morreu seis anos depois da última visita do Doutor. E daí, uma carta de despedida, ela o chama de "meu amor", e "meu anjo solitário", o desejo de vê-lo mais uma vez... O fechamento da passagem através da lareira, o Doutor resignando-se ao seu destino, e a explicação do que a gente pergunta desde o início do episódio: Por que diabos eles querem justamente o cérebro dela? Vejam o episódio para entender.
O que vemos aqui é o que Russell T. Davies disse: Esta é uma história de amor para o Doutor, singela, simples embora com meio louca, bem ao seu estilo. E com viagens no tempo, mas de forma bem-amarrada. Mas como o destino dele é ser solitário, não dá certo. O Doutor apaixona-se por alguém... E esse alguém não é a Rose. Aliás, também é interessante ver o ciúme dela. Reinette é um apelido para Madame de Pompadour, que quer dizer "Pequena Rainha". Steven Moffat abocanhou o seu segundo prêmio Hugo com Doctor Who com essa história, na mesma categoria passada: Melhor Apresentação Dramática. De curiosidade, se não rendeu um romance para o Doutor, o mesmo não podemos dizer de David Tennant. Ele e Sophia Myles (a Madame de Pompadour) namoraram por 2 anos (olha o casal aí do
lado). A história é boa, embora Steven Moffat tenha escrito melhores. Sophia Myles é um colírio para os olhos, e mais uma vez sentimos pena do Doutor, que não consegue deixar de ser o sujeito solitário que é. Parece urucubaca!
No próximo episódio (duplo), a volta de alguns vilões do passado, e uma tremenda viagem... Mas não no tempo. Fiquem no aguardo, e allons-y!
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