quarta-feira, 20 de maio de 2009

Doctor Who 2005 - 1x09 - "The Empty Child"

Posted on 01:11 by Unknown

O segundo episódio duplo da temporada (e na minha opinião, o melhor) começa com o Doutor e Rose no TARDIS perseguindo um cilindro de metal marcado como perigoso através do vórtice temporal. O cilindro escapa do vórtice e cai na Terra, mais especificamente em Londres, durante a Segunda Guerra Mundial. Sendo ainda mais específico, estávamos entre 1940 e 1941, durante a Blitz, o período em que Londres foi maciçamente bombardeada pela Alemanha nazista.
O TARDIS também pousa em Londres, só que com atraso de 1 mês em relação ao cilindro. O Doutor e a Rose vão investigar onde está aquele cilindro, e um pequeno menino com máscara de gás atrai a atenção de Rose. Só que as sirenes de ataque aéreo soam, e a hora é de correr e se esconder. O telefone da porta do TARDIS toca, o que algo completamente incomum: Aquele telefone só colabora para compor o disfarce da nave do Doutor. Uma jovem grita para que o telefone não seja atendido. O Doutor ignora o avisa e atende o telefone. Ao atender, ele ouve um lamento de uma criança, procurando pela sua mãe: "Are you my mummy?" E essa frase irá se repetir várias vezes ao longo desse e do próximo episódios.
A jovem (Nancy) é a líder de um grupo de menores abandonados durante a guerra: Alguns perderam os pais nos bombardeios. Outros são do interior, outros fugiram de orfanatos. Eles aproveitam os ataques para entrar nas casas e roubar a comida que é deixada para trás, enquanto os moradores estão nos porões, esperando o ataque acabar. Meio que Robin Hood, só que com saias. A mesma Nancy avisa ao Doutor para não tocar no menino com máscara de gás, porque serão eles se tornarão como ele: Vazios. E pior! Esse menino é o irmão dela. Por que o menino está assim? O que está acontecendo? Nada como um bom mistério para empolgar o Doutor, e ele resolve descobrir o que está acontecendo. Nancy fala ao Doutor da queda de uma bomba que não explodiu, cerca de um mês atrás. A única vítima é o irmão dela, Jamie, que hoje é a criança com a máscara de gás. O local está então cercado por militares e com arame farpado. Ele vai até o hospital, onde o Doutor Constantine mostra várias pessoas mortas, todas com as mesmas características: Uma máscara de gás sobre o rosto, de forma que ela pareça ser parte do rosto da pessoa; feridas e cortes nos mesmos lugares. Todas essas pessoas tiveram contato com o menino com a máscara de gás, que é realmente a única vítima da queda da bomba que não explodiu (o cilindro de metal).
Enquanto isso, Rose tenta chegar ao menino subindo uma corda, que ela descobre depois que é um cabo que prende um balão de barragem da RAF (Real Força Aérea Britânica). Obviamente o balão sobe, e ela fica pendurada sobre Londres, durante um bombardeio nazista. E como diriam no Chapolim: "E agora, quem poderá me defender?" O Doutor? Não dessa vez. Quem a salva é o Capitão Jack Harkness (John Barrowman), e que a salva da queda graças a um raio trator de uma nave espacial Chula que ele está pilotando. O charmoso capitão se apresenta como um "ex-Agente do Tempo" (agora freelance), e flerta com Rose, que fica toda empolgada. Rose localiza o Doutor com a ajuda de Jack, que explica que o cilindro é uma nave de combate dos Chula, e que num próximo bombardeio (daqui a 2 horas) ele será destruído.
Finalmente eles chegam ao hospital, a tempo de ver o Doutor Constantine se transformar, com o rosto deformado na forma da máscara de gás (como todas as pessoas que tiveram contato com a criança vazia), e chamando por sua mãe. Jack confessa que a nave de guerra Chula é na verdade uma ambulância, mas a "infecção" se espalha, e os corpos mortos levantam-se, como num exército de zumbis (George Romero, vibre!), querendo pegar o Doutor, Rose e Jack. Enquanto isso, Nancy é acuada pela criança (Jimmy), o que deixa o suspense para o próximo episódio, "The Doctor Dances".



Steven Moffat é sem sombra de dúvida o melhor roteirista de Doctor Who no momento, e um dos melhores roteiristas de sci-fi da atualidade. Os episódios por ele escritos estão na cabeça dos fãs quase sempre como os melhores, os preferidos. Não são sucesso só de público, mas também de crítica: Moffat levou os Prêmios Hugo de 2006 a 2008 na categoria de Melhor Apresentação Dramática em formato curto (e concorre em 2009). Todos eles com episódios da série Doctor Who. O roteiro é no seu estilo: Muitas referências históricas, poucas obviedades, bem-amarrado, bem construído, e principalmente... Assustador. Para quem duvida, o final desse episódio prende a respiração de todos que vêem, e fazem querer ver logo como vai acabar essa história toda. E em 2010, quando a série for retomada (com o 11o Doutor), ele será o produtor executivo, o que nos dará histórias ainda melhores.
Outra coisa que vale a pena citar é a primeira aparição do charmoso e pansexual Capitão Jack Harkness, interpretado por John Barrowman, e que é um personagem tão querido pelos fãs que tornou-se protagonista do primeiro spin-off de Doctor Who: Torchwood. Como diz o Doutor, as coisas no século 51 são um tanto quanto diferentes, e é preciso ser mais... Flexível. Jack é um homem de ação, e para todos os efeitos, é um piloto norte-americano voluntário da RAF. Seu nome verdadeiro não é Jack, o nome foi assumido a partir de um oficial da RAF morto em combate (maiores explicações em Jack Harkness, episódio de Torchwood, 1a temporada), e sua presença é tão querida pelos fãs que o Capitão ainda aparece nos finais da 1a, 3a e 4a temporadas da série do Doutor, fora a série que ele protagoniza.
Agora, como o mistério se encerra e se resolve... Só no próximo episódio, na semana que vem. Até lá.



PS: Se você gostou das aventuras do Doutor e está atrás de informação a respeito dele em português, recomendo-lhe a visita a dois blogs:
  1. No blog Universo Who, você tem notícias sobre a série (a caminho da 5a temporada), sobre as séries derivadas (Torchwood, que iremos resenhar no futuro, por exemplo), e outras conversas sobre o "Whoniverso".
  2. No blog Doctor Who Brasil, temos conversas sobre a série, e resenhas sobre episódios que eu mesmo resenhei, mas sob um ponto de vista diferente, de outra pessoa. Pode ajudar você a formar a sua opinião.
Visitem! E allons-y!

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