quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Doctor Who 2005 - 3x03 - "Gridlock"
Nesse episódio, o Doutor leva Martha para o ano 5.000.000.053 no planeta Nova Terra, ou seja, alguns anos depois da sua última passagem por lá (episódio 2x01 - "New Earth"). Ao chegarem, encontram numa viela um grupo vendendo "adesivos de temperamento" para as pessoas enfrentarem "A Via Expressa". Subitamente Martha é sequestrada por um casal, Milo e Cheen. Dentro do carro, eles explicam que o casal precisava de uma terceira ocupante para ganhar o direito a pegar a via mais rápida da Via Expressa, e eles a liberariam 16 quilômetros à frente. Dado o fluxo de veículos, o trânsito e as condições... Eles chegariam lá em seis anos. Sim, SEIS ANOS. A mulher (Cheen) ainda fala de uma lenda de que há algo vivendo no fundo da Via Expressa, e que carros que por lá se aventuram, somem sem voltar mais.
O Doutor persegue Martha e seus sequestradores e encontra a Via Expressa: Milhares de veículos sem rodas (hover-carros) parados num congestionamento tridimensional. A poluição começa a afetar o Doutor, mas ele encontra refúgio no carro de um gato humanóide (Thomas Kincade Brannigan), sua mulher humana e um cesto de gatinhos. Daí ele entende que os carros viraram a casa de todos, o engarrafamento, essas coisas. O Doutor tenta encontrar Martha com a ajuda da polícia, mas desiste e começa a pular, de carro em carro, entrando e perguntando por Martha. E logo atrás dele, vemos a Noviça Hame (do episódio "New Earth") atrás do Doutor. Ela persegue-o a pedido da Face de Boe.
De volta a Martha, ela e seus sequestradores seguem até a Pista Mais Rápida, onde ouvem ruídos estranhos, e são alertados do perigo de criaturas que comem quem se aventura por lá, mas Milo recusa. O Doutor consegue identificar quem são as criaturas: São os Macra, alienígenas na forma de caranguejos monstruosamente grandes, que já comandaram um império, mas agora estão reduzidos a bestas-feras agressivas e sem consciência, que comem quem viaja pela Pista Mais Rápida. E quase que o carro onde Martha está é pego por um deles, mas consegue escapar quando o Doutor alerta-os que os Macra são atraídos pelo movimento e pela luz, mas podem morrer sufocados logo.
Quando Martha os encontra, o Doutor e a Noviça Hame estão com a Face de Boe, que está próximo da morte (até que enfim!). O vidro do recipiente onde ele estava tinha se estilhaçado. A Face de Boe sabe que ele e o Doutor são os últimos da sua espécie, mas ao morrer ele sussura o segredo que tinha a revelar: "Você não está sozinho". Na volta ao TARDIS, o Doutor explica tudo para Martha: Ele é o último dos Senhores do Tempo, Gallifrey não existe mais (apesar da explicação ilídica que ele dá a respeito do seu planeta natal), etc e tal.
Outro episódio que eu acho muito fraco. A história do congestionamento é uma desculpa esfarrapada e mal-contada, acho que teria sido mais interessante se usasse algum dos elementos do episódio anterior na Nova Terra, como as cobaias. Alguns dos "moradores" do engarrafamento são curiosos, como o casal de velhinhas lésbicas, ou o gato, sua esposa e sua ninhada. Algumas questões ficam na cabeça, como o que fazem com as pessoas que chegam ao fim da Via Expressa.
Os Macras são uns alienígenas toscos, sem nada minimamente interessante. O que salva é a aparição da Face de Boe, e da Noviça Hime, e finalmente qual é a revelação que todos queriam saber e já desconfiavam... Antes que me perguntem, o Doutor não deu muito crédito à revelação da Face de Boe, mas isso tem a ver com o desenrolar da 3a temporada, e principalmente com o final dela.
Vamos às curiosidades:
- É bom ver a Face de Boe novamente, já que ele é um parceiro do Doutor muito velho (falam em milhões de anos) e misterioso. Já especularam que um certo capitão tornaria-se a Face de Boe no futuro, mas não há nada concreto. E ele chama o Doutor de "velho amigo" (aí tem coisa), e diz a ele que "tudo tem seu tempo", frase que ele mesmo disse, em "End of the World" e a Sarah-Jane Smith disse em "School Reunion".
- No momento da Contemplação Diária, todos se unem dentro do congestionamento, cantam uma música e ouvem outra. A primeira música eu não reconheci, mas descobri que é o hino cristão "Abide With Me", de 1847.
- Já o segundo eu reconheci a melodia e também a letra: É um cântico de 1912 e muito conhecido, cantado pelas igrejas cristãs protestantes: "Old Rugged Cross", e uma tradução (mal-feita) para o português está aqui. Aliás, o autor, George Bennard, é americano, e foi membro da mesma denominação cristã que eu sou (Exército de Salvação).
- A fala da Martha que vem logo depois desse momento de Contemplação Diária reforça o caráter quase messiânico do Doutor nessa temporada, o que, em particular, me desagrada.
- O casal de velhinhas lésbicas é o primeiro que aparece em toda a série.
- Parece que o Doutor não tem mais problemas com gatos como tinha antes.
- No carro das duas garotas asiáticas, tinha um poster com ideogramas que queriam dizer... Lobo Mau (Bad Wolf). Mais referências.
- A descrição do planeta natal do Doutor, Gallifrey, condiz com o que foi dito sempre a respeito, ao longo da série.
- Os Macras apareceram pela primeira vez em um episódio em 1967, ou seja, uma referência com 40 anos de idade. Só que naquela época, eles eram mais inteligentes...
- Os sequestradores da Martha falam que os céus tem cheiro de grama de maçã, o que o Doutor apresentou a Rose na sua última passada pela Nova Terra.
- O Doutor faz uma referẽncia ao Duque de Manhatan, que apareceu no mesmo episódio anterior.
- A New New York é baseada visualmente em Coruscant (Guerra nas Estrelas) e na Los Angeles de Blade Runner, fora o Quinto Elemento.
- Tem referências aos quadrinhos do Judge Dredd, e da Halo Jones, da revista 2000AD (inglesa).
- Foi o episódio que mais usou computação gráfica em toda a série até então.
- Foi o episódio número 727. A partir desse, "Doctor Who" ultrapassou "Jornada nas Estrelas" (que tinha atingido 726 somando todas as 5 séries) como a série de ficção científica mais longeva do mundo.
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