quarta-feira, 8 de abril de 2009

Doctor Who 2005 1x03 - The Unquiet Dead

Posted on 01:11 by Unknown

O terceiro episódio de Doctor Who é uma viagem ao passado, mais exatamente a 1869, em Cardiff, País de Gales. Na verdade, o Doutor queria chegar a Nápoles em 1860, mas foi parar em Cardiff, em 1869. Bem, ele nunca foi um bom piloto do TARDIS, e falta gente para pilotá-lo corretamente (6 pessoas seria o ideal, mas só tem um, e que comprou a carteira!).

Charles Dickens, famoso escritor britânico (Oliver Twist, David Copperfield, Um Conto de Duas Cidades, Um Conto de Natal, etc), está na cidade, e o Doutor e Rose vão vê-lo declamar seus textos. Mas há um um fato assustador: Durante um sepultamento de uma idosa senhora, o corpo dela é tomado por um vapor azul, levanta-se e foge do velório. Não sem antes agredir o seu neto e matá-lo. O coveiro local, Gabriel Sneed desespera-se, mas sua empregada, Gwyneth, tem uma curiosa capacidade de clarividência e descobre que o corpo foi assistir Charles Dickens declamando seus textos no salão de música. Daí vem a confusão.

O Doutor e Rose entram na jogada. Sem explicar muito, mas resumindo: Descobre-se que a casa do coveiro está no meio de uma fenda espaço-temporal, e os vapores azuis (os Gelth) são alienígenas que perderam seus corpos na Guerra Temporal (onde os Senhores do Tempo, o povo do Doutor, é quase todo exterminado). Gwyneth tem esse poder de clarividência devido a ter vivido boa parte da vida sobre a fenda... E morre ainda um tanto de gente. A fenda continua aberta, os Gelth são contidos, e... Digamos que o acontecimento inspirou Charles Dickens a escrever seu último trabalho, incompleto devido à sua morte no ano seguinte: The Mystery of Edwin Drood.

Cardiff é pela primeira vez citada na nova versão da série para tornar-se uma presença recorrente (mais dois episódios na primeira temporada). Não é à toa, quem produz "Doctor Who" é a BBC Wales. Logo, nada mais justo do que usar locações por lá: Sai mais barato. Outro elemento que aparece nesse episódio e será presença constante na série (e no spin-off "Torchwood") é a fenda espaço-temporal que atravessa Cardiff pelo meio, o que dá margem a várias possibilidades de histórias, com todo tipo de ser de outra dimensão, espaço ou tempo surgindo do nada no meio de uma capital de porte médio.

Em termos de história, esse é bem melhor. Temos a segunda citação ao "Bad Wolf", citações a fatos antigos da história do Doutor... E algo que a nós parece magia, mas é tudo mais palpável. Se bem que vapores azulados despertando mortos não é algo lá muito palpável. Mas sempre há uma explicação. Uma frase que pode explicar o espírito da série é:

"Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinta de magia" (Arthur Clarke)
O Doutor (quase) sempre tem uma explicação lógica para algo que nos parece mágico. E isso será visto ao longo da série.

Uma curiosidade: A atriz que representa a jovem empregada Gwyneth (Eve Myles) é também a atriz que faz a personagem principal do spin-off Torchwood, Gwen Cooper. Mas Torchwood fica para depois, esperem eu avançar mais em Doctor Who...

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