Depois de terem salvado a Terra da Terceira Guerra Mundial, o Doutor e Rose saem de novo em busca de aventuras. De repente, o TARDIS é tirado de curso por um sinal de socorro, e materializa-se em 2012, dentro de um bunker no estado estadunidense de Utah. Obviamente, a oportunidade está dada para a exploração, e a dupla de exploradores descobre que estão num museu de artefatos alienígenas. Um alarme soa.

O dono do museu, um bilionário chamado Henry van Statten, recebe os dois intrusos, e, impressionado pelo conhecimento sobre vida extraterrestre que o Doutor tem, leva-o para conhecer um espécime que ele capturou, e que está vivo. Statten o chama de Metaltron, e diz que a criatura fala (num tom de voz irritante) que é o último da sua espécie. Ou seja, é valioso.

O Doutor entra na "jaula" onde o tal Metaltron está preso, e oferece ajuda. O ser rosna furiosamente em resposta à fala do Doutor, que aí descobre quem é na verdade o Metaltron: Ele é um Dalek, o maior dos inimigos do Doutor e seu povo, os Senhores do Tempo. O Doutor horroriza-se ao saber que ainda um Dalek sobreviveu à Última Guerra Temporal, e depois delicia-se com a idéia de acabar com a exterminação do povo que matou seu planeta e sua gente. Claro que ele tenta, mas os guardas de van Statten impedem-no.

Rose ainda tem contato com o Dalek, toca na sua carcaça metálica, e ele absorve não só parte do DNA de Rose, mas também a radiação de fundo que ela traz no corpo, acumulado devido às viagens temporais que ela fez (parecido com a eletricidade estática, sabe?). Essa radiação de fundo é a principal fonte de energia da armadura de um Dalek. Pronto, daí em diante dá para imaginar o que acontece, né? O Dalek se liberta, todo mundo foge, ele mata algumas pessoas no caminho, consegue voar (apesar da piada antiga na série de que Daleks não sobem escadas)... Mas hesita em matar Rose (ao contrário, negocia sua fuga), e na fuga, mesmo com armas apontadas, ele hesita, e não consegue matar mais ninguém.

Devido ao contato com Rose, o Dalek absorveu parte do DNA dela, e está em mutação, ganhando alguns sentimentos humanos, já que o único que ele tem é a raiva. Com isso, o objetivo primário dos Daleks ("Exterminate!") não pode ser cumprido. Ele pede à Rose que o ordene para se matar, o que é feito e ele, destruído.

Bem, tudo acaba bem quando termina... Bem? Van Statten tem a mente apagada, o bunker é selado com concreto, o Doutor e Rose ganham um novo companheiro de viagem, Adam Mitchell, um técnico a serviço de Statten que simpatiza com Rose e ganha uma carona.

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Os Daleks são os maiores inimigos dos Senhores do Tempo, e, apesar de terem uma armadura que parece um saleiro (ou de pimenteiro, como é falado no próprio episódio) com desentupidores de pia no lugar da mão e do... Rosto, são os mais temidos de todos os vilões de Doctor Who. Sim, a voz é irritante, gritando Exterminate a torto e a direito, mas o corpo deles não é aquela carcaça de metal. Eles parecem uma ameba com um olho no meio do corpo, e habitam dentro daquelas cascas. Os Daleks são mutações de outra raça (os Kaleds), criações de engenharia genética com origem no planeta Skaro e que tem o único propósito de conquistar todo o universo, matando o que estiver no caminho. São capazes de viajar no tempo, tem uma inteligência muito superior à humana, uma armadura muito difícil de ser penetrada e muito poder de fogo num desentupidor de pia e num bastãozinho (o raio da morte, no "braço" esquerdo). Finalmente, os Daleks são responsáveis pela Última Guerra Temporal, entre os Senhores do Tempo e os próprios Daleks, e que matou todo o Império Dalek (ao menos é o que se acredita), e toda a população do planeta Gallifrey, só deixando vivo (até então) o Doutor.

Apesar dessa forma, são os vilões preferidos da maioria dos fãs de Doctor Who (inclusive eu), e esse episódio foi uma boa maneira de reintroduzí-los na série. Em várias ocasiões, elementos da série clássica são reintroduzidos na série nova, para que fãs novos possam ver e conhecer mais um pouco da mitologia que cerca o Doutor.

O episódio é bom, mas não espetacular. Tem algumas referências interessantes (como os Cybermen, que aparecem na 2a temporada; os Slitheen, que já vimos anteriormente), fora outras. Os Daleks, refeitos para a nova série, ficaram bem-feitos, e os efeitos, competentes. A história em si, é boa, e mostra o Doutor não sendo meramente um sujeito bonzinho: Ele quer matar o Dalek, e deseja isso furiosamente, como quando ele grita: "Why don't you just die!". Enfim, vale a pena vê-lo, já que os Daleks aparecerão em outros episódios.

Alguns detalhes curiosos:

• Daleks não sobem escadas, mas tem propulsores que os elevam e fazem subir (lentamente) até chegarem aonde precisam. Essa era uma piada de fãs bem antiga, mas pelo visto... Não rola mais.
• O código de chamada do helicóptero de van Statten chama-se..."Bad Wolf One". Coincidência, não?
  
• O episódio foi muito criticado pelas sequências sado-masoquistas, de tortura do Dalek, mas muito elogiado pela imprensa.
• Esse episódio foi indicado ao prêmio Hugo, de ficção científica, na categoria Episódio Dramático (ou algo assim). Não ganhou (ficou em terceiro), mas o prêmio veio para um outro episódio da 1a temporada de Doctor Who, que falaremos depois.
  

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PS: Se você gostou das aventuras do Doutor e está atrás de informação a respeito dele em português, recomendo-lhe a visita a dois blogs:

1. No blog Universo Who, você tem notícias sobre a série (a caminho da 5a temporada), sobre as séries derivadas (Torchwood, que iremos resenhar no futuro, por exemplo), e outras conversas sobre o "Whoniverso".
2. No blog Doctor Who Brasil, temos conversas sobre a série, e resenhas sobre episódios que eu mesmo resenhei, mas sob um ponto de vista diferente, de outra pessoa. Pode ajudar você a formar a sua opinião.

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