quarta-feira, 7 de abril de 2010
Doctor Who 2005 - 4x13 - "Journey's End"
O episódio continua daonde o anterior parou, "The Stolen Earth"; o Doutor está regenerando-se dentro do TARDIS. Quando o seu corpo já tinha se curado, o próprio Senhor do Tempo parou a transformação, transferindo o excedente de energia para a sua mão decepada, que fica naquele vasilhame do lado do centro de controle do TARDIS. Ao mesmo tempo, o TARDIS é capturado pelos Daleks e levado até o Crucible, a nau capitanea dos Daleks, e que está estacionada no centro dos 27 planetas roubados. O Doutor, Jack Harkness e Rose Tyler saem do TARDIS, mas Donna Noble fica para trás, presa dentro da nave (medida de segurança por parte do Doutor). O Dalek Supremo ordena a destruição do TARDIS. E nisso, Donna desmaia próximo à mão decepada do Doutor, o que ativa a energia guardada nela. Isto gera um segundo Doutor, que salva a nave da destruição.
Nota do autor da resenha: É isso mesmo que vocês leram, um clone do Doutor baseado na mão decepada dele!
Ao mesmo tempo, o pessoal de Torchwood Três, Gwen Cooper e Ianto Jones conseguem se proteger de um Dalek que tenta atacá-los. Eles usam uma trava temporal impenetrável que Toshiko Sato, falecida integrante da equipe, deixou pronta. Sarah Jane Smith é salva de ser exterminada por um Dalek, e quem a salva? Mickey! Sim, Mickey Smith, o ex-namorado de Rose (que, apesar do sobrenome, não tem nada a ver com ela). E Jackie Tyler, mãe de Rose, também dá o ar da graça. Elas se rendem para poder entrar no Crucible. Martha Jones, por sua vez, teletransporta-se (com tecnologia adquirida dos Sontarianos) para um castelo perto de Nuremberg, onde os Daleks são ouvidos gritando em alemão.
O Doutor e Rose são levados até Davros, o criador dos Daleks. O Doutor tenta dissuadir Davros do intento, já que não é ele que manda: Os Daleks venceram-no, prenderam-no e mantiveram-no vivo apenas por causa do seu conhecimento. Mas Davros retruca, dizendo que o Doutor é também um monstro, como ele é. Ele explica que os 27 planetas roubados das suas órbitas formam um campo de compressão que pode cancelar a energia elétrica dos átomos (provavelmente a energia nuclear fraca). O resultado é a geração de uma "bomba de realidade", que tem o potencial de destruir toda a matéria no Universo. O continuum espaço-tempo pode ser realmente destruído.
Logo depois do teste do dispositivo, os Daleks recebem duas transmissões:
- Sarah Jane, Mickey, Jack e Jackie ameaçam destruir o Crucible usando uma "Warpstar", um dispositivo que Sarah Jane possui.
- Martha ameaça usar a "Chave de Osterhagen", um último recurso que irá destruir o planeta Terra, disparando uma sequência em cadeia de ogivas nucleares.
Davros prepara-se para detonar a bomba de realidade, mas o TARDIS materializa-se diante dele. O Doutor-clone e Donna correm, mas são tonteados pelos tiros de energia de Davros. O tiro acaba ativando o conhecimento dos Senhores do Tempo que estava armazenado no cérebro de Donna. Ela o adquiriu ao ajudar a criar o Doutor-clone. Ela desabilita SOZINHA a bomba de realidade, Davros e os Daleks. Os dois Doutores começam a realocar os planetas nas suas devidas órbitas, mas o painel de controle é destruído pelo Dalek Supremo (o vermelhão) antes da Terra ser movida. No meio da confusão, Davros pergunta a Dalek Caan porque ele não previu isso tudo. Mas o Doutor diz que ele previu sim. Caan confirma, dizendo que testemunhou todas as atrocidades que a criação de Davros cometeu ao longo do tempo e espaço, e decidiu que era hora de dar um basta a isso tudo.
Motivado pela profecia de extinção dos Daleks, trazida por Dalek Caan, e sabendo que os Daleks poderiam ainda tentar tomar o controle de todo o Universo à força, com ou sem a bomba de realidade, o Doutor-clone destrói os Daleks e o Crucible. O Doutor oferece-se para salvar Davros, que recusa-se. Ele ainda acusa o Doutor de ser responsável pela destruição, e chama-o de "O Destruidor de Mundos". Os companheiros fogem para o TARDIS enquanto o Crucible entra em sequência de auto-destruição, e "rebocam" a Terra de volta à sua órbita original, com a ajuda do Sr Smith, o supercomputador de Sarah Jane Smith, do seu cão- robô K-9, e da fenda espaço-temporal em Cardiff.
No fim do episódio, o Doutor despede-se dos seus companheiros:
- Sarah Jane volta para casa, para o seu filho Luke;
- Martha e Mickey vão embora, junto com Jack (e Mickey recebe uma oferta de emprego em Torchwood, infelizmente não concretizada);
- E o Doutor devolve Rose e Jackie para o universo paralelo no qual elas estavam desde o fechamento da 2a temporada (episódio "Doomsday"). Rose vai para lá com o Doutor-clone. O que ela descobre é que, ao contrário do Doutor "original", esse clone tem DNA humano, logo apesar dele ter todo o conhecimento de um Senhor do Tempo, ele irá envelhecer normalmente, como ela. Rose descobre que ambos os Doutores a amam, mas ela só pode ser feliz pelo resto da vida ao lado de um dos Doutores (o que é humano).
Após as despedidas, Donna é oprimida por todo o conhecimento adquirido: Sua mente não vai aguentar, e ela irá morrer. Para salvá-la, o Doutor força uma limpeza na sua mente, e explica à sua mãe, Sylvia e seu avô, Wilfred, que Donna jamais deve lembrar-se dele, mesmo que seja por um segundo, pois ela pode vir a morrer. Assim que o Doutor sai, Wilf promete lembrar-se dele em nome da neta, ao olhar para o céu estrelado.
Se eu não fosse um menino educado, eu xingaria vários palavrões como uma forma de contentamento no final desse episódio. Num só, eles resolvem de vez a situação da Rose (que todo mundo ficou incomodado quando fechou a 2a temporada), dão um sumiço nos Daleks (vamos ver até quando), trazem 0 Davros de volta e "passam o rodo" nele... E tiram Donna da série. Muitas idas e vindas, muitas remexidas fortes... Muuuuuito bom.
Vai lá também, o episódio tem um monte de coisas que não ficam bem explicadas:
- A idéia do clone humano do Doutor é das mais estapafúrdias: Eles criam um Doutor-clone, humano e ainda mais intempestuoso do que o original... A partir de uma mão decepada?
- Como Donna adquiriu tanto conhecimento? Aliás, como o clone adquiriu tanto conhecimento? Memória genética
- Esse papo de "bomba realidade" é muito estranho...
Algumas coisas boas vistas foram:
- O TARDIS voando sem nenhum solavanco, e aí entendemos: Ele foi feito para ser pilotado por 6 pessoas, e não por uma pessoa só, e ainda mais um que o roubou e não tem "carteira de motorista"...
- Outra foi o fechamento da história da Rose, e aí definitivamente, jamais iremos vê-la novamente na série.
- Quanto à Martha Jones, acho difícil, já que a atriz está em outra série, agora uma série policial (Law and Order UK).
- Donna também não será vista regularmente, embora ela irá ser vista no futuro (spoiler).
- Pena que o Mickey Smith não estará em Torchwood, eu gostaria muito de vê-lo por lá... Mas pelo visto, neca.
- Lembram dos Ood referindo-se a eles como Doutor-Donna? Então, vimos isso nesse episódio, meio que a fusão entre eles.
- Esse é o ápice das 4 temporadas: Da mão decepada que vira um clone, dos Ood profetizando, e a referência aos 6 episódios conhecidos como Gênese dos Daleks (12a temporada, 4o Doutor, 1974): Davros menciona a presença de Sarah Jane Smith (bem mais jovem) em Skaro no momento de criação da raça.
- A Dårlig Ulv Stranden (em norueguês: Baía Bad Wolf), vista no fim da 2a temporada, é revisitada. Naquela vez, o final foi propositalmente ambíguo. Aqui, o Doutor requisitou o amor de Rose.
- Davros refere-se ao Doutor como o "Destruidor de Mundos", o que não é uma referência nova: No passado, na novelização do episódio Remembrance of the Daleks, os Daleks chamam-no, na sua própria língua, de Ka Faraq Gatri, que é "Aquele Que Traz a Escuridão" ou "Destruidor de Mundos".
- Russell T. Davies queria mostrar nesse episódio a origem de Davros, e o que levou ele a estar daquela forma (meio que como Peter Jackson mostrou a origem de Gollum no início de "O Retorno do Rei"), mas mudou de idéia.
- No script original, o Doutor iria dar um pedaço de "coral" do TARDIS (lembrem-se, eles não são construídos, são plantados e brotam), para que ela tenha o seu próprio TARDIS (que é um organismo vivo), mas não aconteceu, mas pode ser visto como um extra nos DVDs da 4a temporada (só na Inglaterra).
- A criação de um segundo Doutor é justificada pelo roterista por causa do tamanho épico do problema: "Só dois Doutores para resolver isso tudo".
- O dublê usado para representar o Doutor-clone em cenas que não haja confronto direto (tipo, o clone de costas), é um músico, chamado Colum Regan, que é magrelo que nem o David Tennant.
- O episódio teve 46% da audiência da TV britânica, naquela noite de sábado em que passou. Nada mal, não?
- As críticas foram extremamente favoráveis, principalmente depois que ele atingiu a marca de 91 pontos no Appreciation Index, um índice usado na TV britânica para marcar a aprovação do público em geral. Curiosamente, ele igualou o recorde do episódio anterior, que também atingiu 91 pontos!
2 Response to "Doctor Who 2005 - 4x13 - "Journey's End""
Eu odiei o fato da Donna ter que se esquecer do Doutor.
Episódio memorável!!! Sem dúvida um dos melhores que vi de Doctor Who... Amei o final de Rose Tyler e Odiei o final de Donna Noble I guess We can't have it all.. Maravilhoso rever o Capitão Jack, Mickey, Jack Tyler, Sarah Jane Smith e Martha Jones <3 Episódio incrível e que vai ficar na minha memória.
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