Um cinema de rua, o velho 'Electro', reabre como um museu audiovisual da história local de Cardiff, e a equipe de Torchwood vai lá ver, já que havia muita atividade da fenda espaço-temporal por lá. Só que o filme com algumas cenas de ruas de Cardiff é interrompoda por sequências misterioras que mostram uma companhia de artistas itinerante, no início do século XX. Até aí nada, o problema é que as cenas foram rodadas antes mesmo de existir o cinema por lá. São muito antigas.

Outra curiosidade, é que o filme resiste a ser parado: Ele recarrega a si mesmo, rebobina e continua tocando, e o projetor continua funcionando mesmo sem energia elétrica. Opa, isso é estranho. A coisa piora quando dois membros da companhia itinerante, o líder da companhia e a "Mulher-Sereia" (de nome Pearl), uma vez capturados no filme, escapam para a cidade. Ianto, no entanto, está convencido de que viu o Capitão Jack numa das cenas, e testemunha a fuga, notando que os dois personagens sumiram do filme.

Os personagens fugitivos vagam pelas ruas de Cardiff, começam a agrupar uma "audiência" para a sua companhia... Para sempre. Eles roubam os últimos suspiros de pessoas inocentes, guardando-os num frasco prateado e deixando-as desidratadas e meio-vivas - seus corações batem, mas eles não respiram. Torchwood começa a investigar esses incidentes e pesquisam sobre essas companhias itinerantes. Jack foi membro de uma delas, fazendo a apresentação do "homem que não podia morrer". Ele fala dos misteriosos "Viajantes da Noite" (não confundir com "As Criaturas da Noite", do disco homônimo da banda O Terço), que aparecem somente nas "horas mortas da noite", "vindo de fora da chuva" e desaparecendo, levando pessoas com eles. A mitologia em torno deles sugere que "crianças eram orientadas a prender o ar enquanto o show itinerante passava por elas" - uma senhora avisou-os do perigo. Ela mesmo está hospitalizada desde a infância, quando a sua família toda sumiu.

Os fantasmas desejam trazer todos os outros membros da sua companhia itinerante de volta no velho cinema mas após várias vítimas terem sido hospitalizadas, Jack tem uma idéia: Ele filma os fantasmas de novo, recapturando-os em uma fita de cinema. Nesse caso, ele foi bem-sucedido, usando uma filmadora simples: Conforme as criaturas saíam do filme, saltando da tela, eles eram recapturados, junto com o seu líder fujão (afff). Ele os expõe ao sol, fazendo com que os fantasmas nela armazenados sumam para sempre. Entretanto, para o seu último número antes de desaparecer, o líder da companhia joga para o alto o frasco prata, e a maior parte das almas humanas perdem-se no ar: Todas as vítimas dão um último suspiro e morrem, com exceção de uma criança, que estava com sua família no carro. Ele é salvo, com Ianto e Jack devolvendo-lhe o sopro de vida. O frasco prateado é guardado por Jack no seu cofre, na base de Torchwood Três.

Apesar da ameaça dos Viajantes da Noite tenha parado, Jack especula que devem haver mais filmes com seus fantasmas presos nela, o que é confirmado numa cena onde um homem e seu filho compram um rolo de filme velho. A lata abre-se rapidamente, e, na base, Jack ouve um trecho da música dos Viajantes da Noite...

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O episódio é interessante, como o "episódio com ameaças vindas do passado, e que Torchwood perde" dessa temporada. Na 1a temporada, foi o "episódio das fadas (Small Worlds)". É interessante por falar brevemente (muito brevemente!) sobre o passado de Jack Harkness, e de não trazer a solução para o incidente. Como disse, também eles perdem, e só conseguem salvar uma criança, sendo que a ameaça ainda persiste. Muitas coincidências? Talvez, e por conta disso não é melhor. Não é original, eu diria. Curiosidades:

• Julian Bleach, que faz o líder do grupo, também aparece em Doctor Who. Para ser exato, no fim da 4a temporada. Fazendo o quê? Segredo.
  
• Gerard Carey aparece nos créditos como Greg, um personagem do episódio "Meat". Mas ele não aparece nesse episódio...

Só isso. Passando para o próximo, teremos desaparecimentos, e a fenda novamente. Até lá!