O episódio começa com uma jornalista freelance sendo expulsa de uma tal "Academia Rattigan", e um equipamento no carro dela (um tal de ATMOS) não pode ser desligado... Enfim, ela morre. Um vídeo que ela portava foi direcionado à sede da UNIT, que fica na Torre de Londres. Ela é (ou era) Jo Makashima, e tudo será explicado ao longo do episódio.

Logo vemos o primeiro retorno de alguém que gostamos: Martha Jones! Sim, ela aparece puxando o celular dela, discando para o Doutor, e dizendo "E vou te trazer de volta para a Terra!". Ela pede ajuda ao Doutor para investigar esse incidente, junto à UNIT (UNified Intelligence Taskforce, ou Força-Tarefa de Inteligência Unificada). O TARDIS se materaliza na Grã-Bretanha contemporânea, e o nosso Senhor do Tempo favorito sai, abraça Martha e a apresenta à sua nova companheira, Donna Noble. Ao contrário do que aconteceu na 2a temporada, com Rose Tyler e Sarah-Jane Smith, cria-se uma imediata empatia entre Donna e Martha.

Começamos a entender tudo: Martha é médica formada (aleluia!), e agora trabalha para a UNIT (não sabemos qual é o seu posto em termos militares, mas ela manda). Ela autoriza a invasão da principal fábrica que produz um equipamento chamado ATMOS (Atmospheric Omission System). Donna, enquanto isso, questiona discretamente a ética da UNIT (já deve ter visto algo que não gostou), e pergunta por que o Doutor está associado a eles. Ao que ele responde que já trabalhou com a UNIT nos anos 1970 (maiores explicações abaixo).

O ATMOS é um equipamento que é instalado em automóveis, com dupla funcionalidade: Tanto é um sistema de navegação por satélite, quanto um catalisador capaz de diminuir as emissões de dióxido de carbono a zero. O equipamento foi desenvolvido por um jovem gênio, garoto prodígio, chamado Luke Rattigan. Martha chamou o Doutor pela desconfiança que eles tem de que a tecnologia usada não é contemporânea (alienígena, ou além do tempo, ou os dois). A UNIT também investiga 52 mortes que ocorreram simultaneamente, em todo o planeta, alguns dias antes. E todos tem relação com o ATMOS.

O Doutor entra na investigação (não sem antes ver algumas pessoas baterem continência para ele, e outros espantados dizendo "Nossa, é o Doutor!"), e vai até o refúgio do jovem gênio: A Academia Rattigan. Lá ele descobre que os eventos são influenciados por um povo alienígena que é a segunda há a influência sobre os eventos de um povo que é o segundo retorno nesses episódios: Os Sontarianos. Os Sontarianos que estão no episódio são integrantes de um batalhão liderado pelo General Staal, da 10a Esquadra de Guerra Sontariana. Staal, "o Invicto". Só que, ao contrário de uma invasão iminente, eles estão usando uma combinação de clones humanos, controle mental e o ATMOS para preparar a invasão: Martha Jones é capturada por 2 soldados da UNIT que estão sendo controlados pelos Sontarianos, presa e clonada. Dessa forma, o seu clone é uma vantagem tática contra a UNIT.

Enquanto isso, Donna vai em casa, rever a mãe (Sylvia) e o avô (Wilfred), contar a respeito do Doutor a eles. Martha a aconselhou a isto. Mas na última hora, ela não fala, com medo da reação da mãe. No fim do episódio, o Doutor investiga o dispositivo ATMOS colocado no carro da Donna (um Peugeot 307, quem diria, um carro francês numa série inglesa!) e descobre uma terceira função. Ele pode emitir um gás venenoso. Wilfred tenta tirar o carro da rua, mas o General Staal trava todos os 400 milhões de carros no mundo que tem o ATMOS, e o episódio termina com Donna correndo pedindo ajuda, enquanto o Doutor para e olha atordoado uma rua repleta de carros liberando esse gás. Enquanto isso, os Sontarianos preparam-se para a guerra.

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Não sei quanto a vocês, mas esse e o próximo episódio (como vocês viram, é um duplo) para mim é um dos mais divertidos da 4a temporada. Tem muita ação, uma trama que não é simplesmente trivial (alienígenas querendo conquistar o mundo), a presença de alguns personagens que gostamos (como a Martha Jones), e um final de episódio que prende a respiração. Eu, em particular, gostei. Esse é um episódio também que delineia melhor a função da UNIT no século XXI. Sim, ela já apareceu em outros episódios, na 1a e 2a temporadas. Mas nesse, a UNIT é central. Gostei de ver o povo da boina vermelha em ação. Além disso, os Sontarianos (Sontarans) são o ponto alto, pois aparecem "do nada" (para nós, que não vimos a série clássica) em grande estilo.

Vamos às curiosidades:

• O Doutor, na sua terceira regeneração, passou 3 anos exilado na Terra, como punição por ter roubado o TARDIS que depois veio a ser seu. Sim, a caixa azul mesmo. Isso foi entre 1970 e 1973. De lá para cá, ele trabalhou como Consultor Científico para a UNIT, e tornou-se uma lenda entre os membros da organização.

• Os Sontarianos são uma raça humanóide, com baixa estatura, pele levemente esverdeada, e a cabeça com a forma de um domo (e por conta disso, o Doutor definem-os como "batatas cozidas falantes"). Eles vem de um planeta chamado Sontar, onde há muita gente, e a gravidade é muito forte. Por isso, a forma deles. São bem mais fortes do que um humano comum. São um povo guerreiro e orgulhoso, que vivem pela guerra e para a guerra. Estão numa guerra (pra variar) que já dura 50.000 anos contra os Rutanos, e tem alguns pontos fracos: A alimentação é por um tubo colocado na nuca (se você jogar algo ali e acertar, ele fica atordoado por um tempo), e eles não podem virar a cabeça: Segundo eles, é porque eles só olham para a frente, para ver quem irão vencer. A reprodução deles é por clonagem (nada de sexo), a sociedade é fortemente machista e tem um fortíssimo senso de honra. São muito bem armados, e segundo o Doutor, são "os melhores guerreiros da galáxia". Chegaram a invadir Gallifrey, mas foram expulsos. A última aparição na série foi em 1985.
• A personalidade de Martha Jones mudou, se vocês notaram. Ela está mais madura (em comparação à 3a temporada), e tratou Donna com simpatia. O noivado fez bem a ela.
• A sigla antiga da UNIT era United Nations Intelligence Taskforce, mas as próprias Nações Unidas (a ONU!) pediram para mudar, já que não queria uma organização militar vinculada à ela.
  
• A princípio, o gás venenoso seria emitido por fábricas, mas foi mudado para um "sistema de navegação por satélite malvado" (nas palavras do produtor), já que fica mais legal.
  
• Aqui, a família do companheiro do Doutor (no caso, a companheira), já o conhece previamente. E a mãe da Donna é mais uma "na longa lista de de mães que não gostam do Doutor".
  
• O avô de Donna, ao contrário, simpatiza com o Doutor, e isso era algo perseguido pelo produtor desde o relançamento da série, em 2005.
• Somente Martha foi clonada, apesar de terem tido a idéia de clonarem todos os empregados da fábrica. Mas isso traria problemas de continuidade.

Bem, nos vemos no fechamento desse episódio, na semana que vem. E vai ser bem interessante, acreditem. Allons-y!