quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Doctor Who 2005 - 4x06 - "The Doctor's Daughter"
O episódio começa em sequência direta do anterior, "The Poison Sky", quase nos dá a sensação de que é uma terceira parte. Nada disso, uma história nova. Então, o Doutor, Donna e Martha são sequestrados pelo TARDIS (sim, a nave parece ter vontade própria), e leva-os paraa o planeta Messaline, onde está ocorrendo uma guerra. Essa guerra dura gerações, entre os humanos e os Hath, humanóides que lembram peixe (tanto que tem um frasco de água pendurado na altura da boca, para respirar). Assustados ao sair, Martha deixa escorregar que, apesar de querer estar em casa, a aventura de seguir o Doutor era sempre estimulante, mesmo que, ao sair, sejam rendidos por homens sob o comando do General Cobb. O líder dos homens, Cline, força o Doutor a colocar a sua mão (não aquela decepada, a mão dele mesmo), numa máquina de progenia. Essa máquina usa o DNA do Doutor para produzir um soldado, já adulto e treinado para o combate — Jenny. Ou seja, a filha do Doutor, que dá o título ao episódio. Mas quem dá-lhe o nome é a Donna.
A Martha é capturada pelos Hath, e Jenny causa uma explosão. O General Cobb acaba aprisionando Jenny, Donna e o Doutor, principalmente por causa da atitude pacifista do nosso alienígena favorito (que contraste com o que ele fez no passado, na Última Guerra Temporal...). A história que é contada é que os Hath e os humanos foram enviados para esse planeta, para construir e viver numa colônia, em paz. Só que começou uma disputa pelo que eles chamam de "A Fonte", que cada um diz que é o 'sopro do Criador', tanto dos Hath quanto dos humanos. O Doutor acaba descobrindo onde está 'A Fonte', e ambas as raças iniciam uma corrida para chegar lá. O Doutor, Donna e Jenny conseguem uma dianteira, quando Jenny usa do seu charme, flerta com Cline e força-o a libertar os outros, sob mira de uma arma.
E o Doutor e Jenny? No início, ele a despreza ("Você é um eco, e ser um Senhor do Tempo é muito mais."), mas aproxima-se de Jenny ao longo do episódio, no final aceitando-a como uma tripulante do TARDIS. Donna está intrigada por várias placas com números em todas as salas. Quando eles chegam na localização do objeto chamado 'A Fonte', eles encontram um dispositivo de terraformação, que está dentro de uma nave de colonização: A Fonte é um dispositivo que irá tornar Messaline plenamente habitável. Eles também entendem as placas: São as datas em que cada sala do edifício foi finalizada, e a conclusão irônica e frustrante (para alguns): Só se passaram 7 dias (a popular "1 semana") desde que a guerra começou. Foram tantas gerações criadas pelas máquinas progenitoras que a história de poucos dias atrás tornou-se em mito. E tudo começou quando um vácuo na nave causou a morte do líder da missão.Enquanto isso, Martha tenta chegar até 'A Fonte' pela superfície, com a ajuda de um Hath, que acaba morrendo para salvá-la de areia movediça. Ela consegue encontrar-se com os outros pouco antes dos exércitos chegarem.
O Doutor declara o fim da guerra, liberta o agente de terraformação, e todos depõem as armas... Menos o General Cobb, que atira no Doutor, mas Jenny põe-se à frente e leva a o tiro no peito. O Doutor grita, segura-a e lamenta, de todas as viagens que eles poderiam fazer juntos, de pai e filha... Ela diz que adoraria, e morre. Furioso, o Doutor pega a arma de Cobb, aponta para a cabeça dele (para surpresa de Martha e Donna), mas ele não atira (ufa). Ele ainda ordena os humanos e os Hath que construam a sua sociedade sobre as bases "do homem que nunca pôde".
Jenny tem um funeral digno, feito pelos Hath e por Cline, e o Doutor leva Martha de volta para casa. Martha diz que não pode mais lidar com a morte e a devastação que presenciou, e avisa Donna que a vida ao lado do Doutor pode ser muito perigosa. Donna diz que se depender dela, ficará ao lado dele para sempre (Nota: todas que acharam isso, se deram mal...). Martha ainda chora por Jenny, e pela perda que o Doutor teve. Ele relembra que sempre há algo pelo qual vale viver, e para ele, Jenny tinha sido a novidade. Ele abraça Martha, e vai embora, enquanto ela entra em casa.
Em Messaline, enquanto isso, Jenny revive. Ela decide seguir os passos do pai dela e escapa de Messaline num foguete, querendo conhecer civilizações, resolver disputas, lutar contra vilões, seguir os passos do seu pai.
Mais um episódio onde o assunto principal é algo pessoal (Doutor e Jenny) e não algo público (a guerra em Messaline). O relacionamento entre "pai" e "filha" começa a surgir, com o "pai" fugindo da "responsabilidade", também por causa do seu passado (o primeiro Doutor tinha uma neta, logo ele teve filhos), mas aos poucos gosta da idéia, já que seria alguém semelhante a ele. Já que ele é o último dos Senhores do Tempo... Martha acaba sendo um apêndice desnecessário nesse episódio: A única coisa que ela acaba sendo útil é o diálogo (quase profético) com Donna, no final. A morte do Hath que a salva é quase patética. Donna não apita muito, não questiona muito o Doutor, apenas participa. O episódio é todo do Doutor e da Jenny.
Também temos a construção do mito de Messaline, da luta entre os Hath e os humanos, a guerra que perdeu o sentido, o fato que transformou-se em mito (parece aquela brincadeira de "telefone sem fio", sabem qual é?)... Em pouco tempo. Em suma, um episódio bem mais ou menos. Não é dos mais brilhantes, e tanto esse quanto o próximo são bons, mas talvez os mais fracos da temporada.
Vamos às curiosidades:
- Aposto que a maioria já sabe, mas vale lembrar: Georgia Moffet, a atriz que interpreta a Jenny, é filha de Peter Davidson (originalmente Peter Moffet), que foi o intérprete do o Quinto Doutor, entre 1981 e 1984. Sim, o mesmo Doutor que aparece no especial do Children in Need de 2007 (que vocês leram por aqui). Ou seja... Ela é realmente filha do Doutor! Só que não desse Doutor. Na verdade, desse Doutor ela é outra coisa...
- Ela, na verdade, é a atual namorada de David Tennant, o Décimo Doutor. Poderíamos quase dizer que esse é um relacionamento ilícito, mas... Seria babaquice demais. E olha os dois aí do lado! Ah, se você procurar na Internet, você verá ela agora como morena (sim, pintou o cabelo, mas eu preferia ela loura). Pronto, fim do momento Contigo.
- Essa situação rendeu piadas, como a que Tennant divulgou: "Veremos a filha do Doutor, interpretada pela filha do Doutor!"
- O Doutor mencionou a Rose que ele já foi pai, e foi no episódio "Fear Her", na 2a temporada.
- Georgia Moffett tentou a vaga de Rose Tyler antes, mas perdeu. E no episódio "The Unicorn and the Wasp" (que estará aqui na semana que vem, eu prometo), ela faria uma ponta... Quando os produtores viram, gostaram e resolveram dar um papel maior à ela.
- As acrobacias de Jenny no corredor foram inspiradas por um clipe da Britney Spears, "Toxic" (não vi).
- Os 2 Hath que estão nos créditos são "Hath Peck" e "Hath Gable". Há quem diga que sejam homenagens a Gregory Peck e Clark Gable, mas não sabemos ao certo.
- O nome "Jenny" veio por causa do Doutor ter dito que Jenny era uma "anomalia genética" (Genetically Anomally). Donna fez a corruptela... Deu no que deu.
- Spin-offs de Jenny viajando pelo espaço? Pode ser no futuro, mas ninguém deixou isso claro. O final deixou isso (b)em aberto.
- A propósito, trazer Jenny de volta à vida foi idéia do Steve Moffat, o novo produtor executivo (a partir de 2010). Por isso pensa-se na possibilide dela voltar na 5a temporada, mas ninguém disse nada a respeito.
- Tudo ocorre no ano de 6012, ou seja, uns 40 séculos no nosso futuro.
- O Doutor e Donna são novamente confundidos com um casal.
- Messaline tem radiação alta na superfície, embora a atmosfera seja semelhante à da Terra.
- A regeneração de Jenny é semelhante à do Sétimo Doutor, no filme de 1996, mas há a possibilidade de ter sido um efeito do processo de terraformação: Ela não mudou de fisionomia.
- A contagem de gerações de soldados mortos, quando o Doutor é trazido até o General Cobb, é de exatamente 666. Curioso, não?
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