Alan Moore, um dos maiores gênios da história dos quadrinhos, costuma repudiar todas as adaptações de suas histórias para outras mídias. O cara até pediu para não ser creditado ou receber direitos pelas versões cinematográficas de V de Vingança, Do Inferno e Watchmen. A explicação de Moore para tal comportamento é a inevitável mutilação do original que ocorre nestas adaptações. (Quem assistiu A Liga Extraordinária sabe do que estou falando.)

Não sei se Alan Moore assistiu a este episódio de JLU (provavelmente, já que seu nome está nos créditos), mas tenho certeza de que o barbudo de Northampton não tem do que reclamar. A história original – Batman e Mulher-Maravilha indo à Fortaleza da Solidão para a festa de aniversário do Super-Homem e encontrando o Homem de Aço imobilizado por uma planta alucinógena, "cortesia" do cruel Mongul – sofreu pouquíssimas alterações, nenhuma decisiva no rumo da história.

Está tudo lá: o Super-Homem sonhando que leva uma vida normal em Krypton, Batman sendo atacado pela planta e vendo seu pai espancar o assaltante que o teria matado, a nova espécie de rosa batizada em homenagem ao planeta natal do Azulão...finalmente uma HQ de Alan Moore ganha uma versão decente fora do universo quadricolor dos gibis.