quarta-feira, 19 de maio de 2010

Doctor Who 2005 - 5x01 - "The Eleventh Hour"

Posted on 01:11 by Unknown

O episódio (e a temporada) começa(m) com uma visão da Terra, que aproxima-se, até aparecer Londres... E o TARDIS rodopiando e caindo sobre a cidade. O recém-regenerado Doutor está com a chave de fenda sônica atravessada nos dentes, e, pendurado na porta da nave (sim, ele está pendurado na porta!), ativa os controles para evitar o choque de uma certa parte da sua anatomia contra a torre do Big Ben.
No final das contas, a nave finalmente cai em Leadworth, um vilarejo próximo à cidade e Gloucester, numa data desconhecida (depois, com eventos de episódios futuros, descobrimos que é junho de 1996). E ele cai no quintal de uma grande casa, onde ele encontra uma menina nos seus 7 anos: Amelia Pond. Essa menina é órfã e é criada pela tia, que também não é lá muito presente. A cena dele saindo molhado de dentro do TARDIS, usando um gancho de escalada é impagável. E ele está todo molhado porque caiu na piscina. Que fica depois da biblioteca. Isso, dentro do TARDIS.
Amelia vai cozinhar para o Doutor (como ele mesmo diz: "Você não é escocesa? Então faça algo aí para comer!"). Pois é... E o Doutor recusa, cospe ou joga fora todas as refeições que ela faz, mas acaba comendo peixe empanado com mingau. É, eu fiz a mesma coisa: ARGH!
Amelia comenta da rachadura na parede do seu quarto, e o Doutor descobre que ela é uma rachadura no tecido do tempo e do espaço. Bem, chave de fenda sônica... E ele abre a rachadura, e do outro lado há uma prisão, pertencente aos Atraxi (mais uma raça de alienígena). Depois do grande olho encarando tudo através da rachadura, o Doutor recebe uma mensagem através do papel psíquico dizendo: "Prisioneiro Zero escapou". O Doutor descobre onde o Prisioneiro Zero está escondido, mas tem que antes de fazer qualquer coisa, correr para salvar o TARDIS: Seus motores estão em pane, e podem explodir. Antes, ele promete a Amelia que ele voltará em cinco minutos, e que ele faria uma breve viagem com ela no TARDIS. A menina, toda empolgada, vai arrumar a sua mala para viajar, e fica esperando a volta do Doutor (coitada).
Passou o tempo, e o Doutor retorna à mesma casa em Leadworth. É um dia ensolarado, e o TARDIS tranca-se para manutenção (sistemas autônomos). Enquanto isso, o Doutor vai procurar por Amelia e o Prisioneiro Zero, mas dentro da casa ele é nocauteado. Quando ele acorda, está algemado a um aquecedor, e descobre que a pequena Amelia (com um nome de conto de fadas, segundo ele) agora é uma mulher adulta, que chama a si mesma de Amy, e está realmente amarga com o Doutor. Ele falou em 5 minutos, mas na verdade foram 12 anos! Amy agora tem 19 anos, teve que se tratar com psicólogos (quatro, segundo ela. E ela mordeu alguns!). Ah, ela trabalha com beijogramas, uma espécie de serviço de entrega de mensagens, com direito a beijo. E por isso que ela está vestida de policial, com algemas e tudo. Ou você achava que ela era REALMENTE policial? E em que lugar do mundo uma policial feminina vai usar meia fumê e MINISSAIA?
O Doutor revela a Amy uma porta que ela nunca viu, mas que era mantida escondida graças a um filtro de percepção. Lá o Prisioneiro Zero estava escondido. Ela entra para buscar a chave de fenda sônica do Doutor, e chega a ficar face a face com o Prisioneiro Zero (que lembra uma moréia, enguia perigosa dos mares). Eles escapam para o vilarejo, discutem (para variar), e os Atraxi chegam à órbita da Terra, alertados pela chegada do Doutor. Os Atraxi usam TODAS as formas de comunicação da Terra para alertar que, se eles não encontrarem o Prisioneiro Zero em 20 minutos, eles irão queimar todo o planeta.
O Doutor e Amy encontram o amigo dela, Rory (aliás, ele é mais do que amigo, eles estão num início de namoro), que é enfermeiro no CTI do hospital local. Só que Rory está vendo os pacientes do coma passeando normalmente pela pequena cidade, e resolve inclusive tirar umas fotos (merchandising...). O Doutor conclui que o Prisioneiro Zero está vinculado psiquicamente aos pacientes em coma, e toma a forma deles, para esconder-se dos Atraxi. O Doutor ainda tenta alertar os Atraxi, sinalizando com a chave de fenda sônica, mas ela acaba explodindo, e os Atraxi vão para a órbita terrestre. O Prisioneiro Zero volta para o hospital. Amy e Rory ajudam a evacuar o hospital, e o Doutor usa o notebook de Jeff (outro amigo de Amy), para reunir vários peritos mundiais em ciência e tecnologia. Usando o telefone de Rory, ele passa as instruções necessárias para Jeff, e segue para o hospital, usando... Um caminhão dos bombeiros. Ah, ele ainda faz piada com o que Jeff anda vendo na Internet.
O Doutor chega no hospital para salvar Amy e Rory do Prisioneiro Zero, e o seu plano é revelado: Todas as mídias acabam recebendo uma mensagem vinda de um vírus de computador feito pelo próprio Doutor, no celular. O conteúdo da mensagem é: 0. Isso mesmo, zero. Para isso a ajuda dos cientistas. E todas apontam de volta para o celular do Rory, já que ele contém fotos das vítimas de coma. Assim, os Atraxi conseguem identificar o Prisioneiro Zero, que acaba tomando várias formas, até a forma da pequena Amelia segurando a mão do Doutor. Nesse momento, Amy cai num profundo sono: O Prisioneiro Zero está usando os sonhos de Amy para fazer a imagem, forçando o seu subconsciente a sonhar com a forma original dele. Logo, a máscara cai, e os Atraxi acabam pegando ele de volta. Antes, o Prisioneiro Zero alerta o Doutor das rachaduras no Universo, e que "Pandorica será aberta, e o silêncio irá cair". Os Atraxi vão embora, mas o Doutor furioso por eles terem ameaçado destruir o planeta, chama eles de volta (uh!). E ele os alerta das suas ações, citando a Proclamação das Sombras, e afirmando que ele é o protetor da Terra. A cena é linda, temos imagens de todo o planeta dentro de um globo azul brilhante. Além disso, breves cenas dos dez Doutores anteriores.
Os Atraxi vão embora, o Doutor sente que a chave do TARDIS está quente, o que significa que os reparos estão concluídos. E ele se empolga, sai correndo... E Amy não consegue alcançá-lo. De novo. Ele vai dar uma voltinha... E volta, 2 anos depois. Amy está com 21 anos, e é 26 de junho de 2010 (o que fica claro depois, no episódio "Flesh and Stone"). Ele pousa, pede desculpas à Amy (que já não acredita mais nele), leva-a para dentro do TARDIS, reformada. Por fim, o Doutor convida Amy para viajar com ele, por aventuras através do tempo e do espaço. Amy aceita, mas antes insiste em saber se ela estará de volta antes de "amanhã de manhã", o que o Doutor garante que sim. No final do episódio, uma cena faz a gente entender a preocupação da Amy: No dia seguinte é o dia do casamento dela, com Rory. Mas isso fica claro no episódio "Flesh and Stone".


Não poderíamos ter um melhor episódio de abertura da nova temporada. Ouso dizer que esse primeir o episódio do "Mateus da Silva" é melhor do que o primeiro do David Tennant, que foi o especial de Natal de 2005. Gostei muito do episódio, pois apresenta bem o novo Doutor, ainda se adequando ao personagem; apresenta a Amy, que será uma companheira importante, e ela será o eixo da série nessa temporada (a rachadura no quarto dela). E é divertido! Tirou o eixo da série de Cardiff, País de Gales, e por enquanto não levou para lugar nenhum. Mas colocou o pé num vilarejo fictício perto de Gloucester (não, não existe, mas Gloucester existe!).
Steven Moffat começa a mostrar que as coisas serão diferentes. Ele cita e respeita o que foi criado até então, como os Doutores anteriores (inclusive com uma cena triste, do David Tennant lamentando que não queria ir), mas mostrando que as coisas seriam diferentes, do "jeito dele".
Gostei da Amy (finalmente uma ruiva, apesar de fazer beicinho vez por outra), gostei do novo Doutor (melhorando ao longo da série)... Bem, deixa para vocês ouvirem o podcast. Lá vamos para as curiosidades:
  • A menina que faz Amelia (Amy) Pond aos 7 anos de idade é na verdade prima da Karen Gillian (a Amy Pond que estamos começando a gostar). Caitlin Blackwood, a guria, nunca tinha atuado antes.
  • Quando o Doutor entra na TARDIS reformada, ele basicamente cita Barry White.
  • Patrick Moore aparece também, e ele é um ativista ambiental. Ele aparece como ele mesmo, na videoconferência no notebook do Jeff, assim como o famoso geneticista (e ateu militante) Richard Dawkins, no episódio "The Stolen Earth".
  • Ah, o notebook do Jeff é Acer.
  • O celular do Rory é um Blackberry Storm.
  • O mingau que o Doutor consumiu foi mais especificamente, o que nós conhecemos no Brasil como Cremogema.
  • A nova chave de fenda sônica (design novo, luz verde, etc) é produzida pelo próprio TARDIS.
  • Na cena que exibe como é a Terra, temos o Cristo Redentor, rapidamente. Viva Brasil, yeah!
  • Aliás, gostaram do design novo do TARDIS? Está mais... Naval. Apesar de ter registros de chuveiro, alavancas e máquinas de escrever no console central.
  • O logotipo do lado de fora do TARDIS é da St John Ambulance, que apareceu durante a 1a regeneração do Doutor, até 1965.
  • No flashback que os Atraxi geram, vemos personagens e vilões clássicos, como os Demônios do Mar, Sontarianos, Cybermen, Ood, Sycorax, Racnoss, Ceifadores e é claro, os Daleks. Alguns desses que apareceram (como os Hath e os Vashta Nerada) nunca vieram à Terra (epa, falha de continuidade?).
  • Há 3 referências a regenerações passadas:
    1. Quando Peter Davison assume o personagem (Quinto Doutor), o TARDIS pousa de lado.
    2. Quando John Pertwee (Terceiro Doutor) e Paul McGann (Oitavo Doutor), recém-regenerados, roubam roupas de um hospital.
    3. Quando David Tennant (Décimo Doutor) regenera, e expele uma energia dourada.
  • O sino do TARDIS é ouvido quando o TARDIS está com os motores superaquecidos, mas ele consegue abrir as portas estalando os dedos, o que ele aprendeu com a doutora River Song, no episódio "Forest of the Dead", do mesmo autor.

  • A frase "wibbly-wobbly timey-wimey", que o Doutor acaba falando, também é usada no episódio "Blink", também escrito por Moffat.
  • Quando o Doutor chama os Atraxi novamente, ele refere-se à sua ameaça ilegal de queimar todo o planeta, o que é proibido pela Proclamação das Sombras, que é uma organização policial espacial, primeiro mencionada em "Rose", e vistos no episódio "The Stolen Earth". O Doutor justifica, dizendo que a Terra é um planeta classe 5 plenamente estabelecido, segundo os padrões da Proclamação das Sombras.
  • No fim do episódio, o Doutor e Amy conversam de frente a um dispositivo onde há uma forma de onda, no formato da rachadura no tempo e no espaço, vistas anteriormente nesse episódio e posteriormente em outros. O Doutor nem nota, e desliga o terminal.
Enfim, o episódio é ótimo. No próximo episódio... A Inglaterra no espaço - o país todo - vilões novos, um mistério... E "God save the Queen". Geronimo!

Nota: A partir dessa resenha, não irei falar muito a respeito das minhas opiniões, pois como alguns de vocês sabem, estou cometendo um podcast sobre Doctor Who. Sim, eu, RodReis e Breno Costa (do Universo Who) estamos fazendo um podcast sobre cada episódio da 5a temporada. Logo, recomendo que vocês cliquem nesse link aqui, e vejam o que a gente falou a respeito. Assinem o feed, comentem, participem do fórum... Agora, quem é Whovian não tem desculpa para não se encontrar! Se quiser ouvir o episódio #0, clique aqui.

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