Tenho um carinho muito especial pelos episódios cômicos de Supernatural, como se estes funcionassem como uma válvula de escape em meio a tantos problemas que surgem na vida dos dois irmãos, pois não podermos esquecer que, em realidade, a vida dos dois é bem miserável, enquanto nos divertimos com suas aventuras.

E nada serve melhor para nos fazer esquecer os problemas do que ver Dean Winchester correndo de um cachorro da raça Yorkshire com lacinho e tudo; sem esquecer dele com medo de dormir em um apartamento no quarto andar, ou dele com medo de carregar uma arma e levando uma lanterna.

Achei bem interessante, ainda, a temática da noite: uma doença que faz com que as pessoas morram de medo, literalmente. Nem parece doença causada por fantasma, já que, em menor proporção, vemos isso acontecer com as pessoas que têm síndrome de pânico.

E toda vez que Bobby aparece eu me divirto mais. Como já falei aqui, acho a dinâmica dos irmãos com Bobby muito mais interessante da que eles tinham com seu pai. É Bobby quem descobre o que está acontecendo, a tal doença fantasmagórica do medo, e apresenta aos irmãos a única maneira de impedir que Dean acaba por morrer do mesmo modo que as outras vítimas: destruir o fantasma que a está causando.

Agora, tirando toda a parte cômica, o que realmente me deixou com uma pulga atrás da orelha foi o reflexo amarelo nos olhos de Sam. Será que foi somente por causa da doença de Dean ou temos algo crescendo aí sem que os irmãos tenham percebido?

Outra pegada deixada pelos roteiristas foi Lilith, nas alucinações de Dean, perguntando se o rapaz se lembrava de quanta diversão ele teve lá no inferno. É claro que Dean se lembra, então ficamos pensando no que o irmão Winchester está escondendo.

Não assisti o episódio na Warner, mas espero que ela tenha deixado a cena após os créditos em que Dean canta Eye Of The Tigger. Eu assisto a cena muitas e muitas vezes, acompanhada da minha filha, que se diverte ao ver Dean saindo pela janela.