quarta-feira, 28 de julho de 2010

Doctor Who 2005 - 5x11 - "The Lodger"

Posted on 01:11 by Unknown

O episódio começa com o TARDIS pousando na cidade de Colchester, Inglaterra, ao invés do destino pretendido pelos seus passageiros: A Quinta Lua de Sinda Callista. E para piorar, o Doutor sai da nave, mas ela se fecha e entra de novo no vórtice temporal... Com Amy dentro dela. Pior, o TARDIS não consegue se materializar novamernte. Amy está presa no TARDIS, e o Doutor, preso em Colchester, que é uma típica cidadezinha de interior, só que mais desenvolvida do que Leadworth. Enquanto isso, pedestres são atraídos por vozes que vem do andar de cima de uma casa. Essa é um daqueles pequenos edifícios com dois apartamentos, e as pessoas são atraídas pelo chamado de alguém que está no andar de cima, mas nunca vemos o rosto completamente. Pode ser uma criança pedindo socorro, um idoso pedindo ajuda... E por aí vai, as pessoas ouvem pelo interfone, resolvem entrar e ajudar, sobem a escada do apartamento, temos luzes piscando, gritos... E ninguém é visto saindo desse apartamento.
Não sabemos exatamente o por quê, mas o Doutor vai até essa casa, chega no apartamento térreo (que tem uma vaga para alugar), e a aluga. O outro morador é um sujeito comum, um gordinho tímido chamado Craig Owens. Craig ama uma amiga do trabalho, Sophie, mas não tem coragem de se declarar. É claro que Craig acha isso esquisito, mas como o Doutor chega com 3000 libras esterlinas num saco de papel (não me pergunte como ele conseguiu), o que dá para uns 9 meses de aluguel... Ele aceita. O Doutor então tenta se misturar ao seu novo ambiente, com a ajuda de Amy: Ele traz um comunicador que parece um fone sem fio Bluetooth, só que ele fala com o TARDIS. Logo, ele acaba conhecendo melhor Craig, que não consegue se declarar para Sophie, e ela decide abandonar tudo e partir para um lugar exótico, cuidar de gorilas na África.
O Doutor percebe que o prédio não é exatamente o que deveria ser, particularmente por uma mancha escura que surge no teto da cozinha e está se expandindo. Como a sua chave de fenda sônica pode vir a alarmar o que quer que seja que está ali em cima, ele monta um aparato nada tecnológico, mas que funciona como um detector. O tempo em que ele fica na Terra é pontuado por eventos de loop temporal, cada vez mais frequentes, e com isso, no TARDIS, Amy sofre com mais turbulência e problemas de funcionamento da nave. São eventos interligados, e o Doutor assiste como se estivesse de fora.
No período em que o Doutor está lá, ele faz várias coisas, como jogar futebol (e joga bem, o danado!), acaba atraindo a atenção de todos (gerando ciúme em Craig), e inclusive substitui-o numa reunião no trabalho: Craig subiu e tocou na mancha que está no teto, apesar do Doutor ter dito que não fizesse. Era venenoso, e o Doutor medicou ele e o substituiu no trabalho. Sophie chega a mostrar entusiasmo com algumas das idéias do Doutor, e isso é a gota d'água: Ele manda o Doutor ir embora, joga o dinheiro nele, e começa a discussão. Enquanto isso, Sophie sobe até o segundo andar, atraída pelo som de uma criança pedindo ajuda, e entra no apartamento.
O Doutor então, revela quem ele é e o que ele está fazendo... Dando uma cabeçada em Craig (elo mental vulcano o escambau!). Craig entende tudo, depois de duas ou três cabeçadas, e fica atordoado com tanta informação, mas ambos saem correndo para o segundo andar quando ouvem gritos, e que são de Sophie (coisa que eles descobrem com base no chaveiro que está na porta de Craig).
Enquanto isso, Amy, que estudou a planta da casa dentro do TARDIS, vaticina: Não há um segundo andar nessa casa. Então, o Doutor e Craig entram no "apartamento de cima", e encontram que alguém está tentando fazer uma máquina do tempo, que agora está presa na Terra, e está disfarçada com um filtro de percepção (sempre ele). O piloto é um holograma de emergência, controlado por uma Inteligência Artificial, e que aparece na forma de várias das vítimas do sistema, assim como de pessoas que precisam de ajuda, além do vizinho sumido de Craig.
Depois que o Doutor e Craig conseguem evitar que Sophie ative o console da nave, o holograma informa que a nave caiu e a tripulação morreu. Os sistemas automáticos da nave reconstruiu-a, e agora quer ir embora, usando humanos como pilotos. Só que os cérebros dos humanos acabam fritando, por não aguentarem, o que deixam apenas restos mortais carbonizados. Daí a origem da mancha. O sistema reconhece que o Doutor é capaz de pilotar a nave, e tenta puxá-lo para o console. Sabendo que ele não pode pilotar a nave com segurança, e nisso aí explodir com todo o Sistema Solar, o Doutor percebe que a nave só atraiu gente que quer sair daonde está, e ir para outro lugar - por isso é que nunca tentou atrrair Craig ou Sophie - até que ela foi motivada pelo Doutor.
Finalmente, Craig e Sophie confessam seus amor mútuo, colocam as suas mãos no console, e isso gera o início de uma implosão na nave - eles criaram um paradoxo. Sai correndo todo mundo! O Doutor, Craig e Sophie conseguem escapar, a tempo de ver o topo do edifício desaparecer, tomando a forma de uma nave espacial e então sumindo.
Após isso, o Doutor despede-se de Craig e Sophie, que lhe dá as chaves do seu apartamento como um presente de despedida. De volta ao TARDIS, eles voltam 1 semana e ele instrui Amy a deixar uma anotação atrás do papel com o anúncio do apartamento de Craig. Assim, quando ele chegasse lá, 1 semana depois, saberia p/ onde ir. Só que Amy revira os bolsos do paletó do Doutor atrás de uma caneta, e acha o anel de noivado, que Rory deu a ela antes de ser apagado do tempo. Sim, ela fica muito desconfortável e confusa, e fechando o episódio, mais uma aparição da rachadura: Atrás da geladeira do Craig, brilhando como nunca.


O episódio foi rotulado como "filler" por muitos fãs, dizendo que serviu só para "encher linguiça" antes do final da temporada. Que seja, eu achei divertidíssimo, inclusive vendo o Doutor jogando futebol. Foi bem engraçado, uma história leve, sem muito apelo, apenas uma questão de "monstro da semana", e que pode até ser um "filler", mas foi como quase sempre em Doctor Who: De alto nível. Dá para ver o Doutor pela primeira vez quase nu, trocando a chave de fenda sônica por uma escova de dentes... Além do elo mental com um gato, do futebol e do atendimento no call center, é claro. Maiores informações na edição 11 do Universo Who Podcast.

Vamos às curiosidades:
  • Na geladeira do Craig tem um cartão postal anunciando a exposição dos quadros de Vincent van Gogh no Musée d'Orsay, em Paris. Sim, isso é do episódio passado, "Vincent and the Doctor". Mas Craig diz que nunca foi a Paris, quando o Doutor o pergunta a respeito.
  • Craig, por ter levado a cabeçada do Doutor, acaba usando expressões do Doutor, como "Gerônimo".
  • Que elo psíquico vulcano o escambau, o negócio é cabeçada mesmo, e sim, isso é uma referência clara a Jornada nas Estrelas.
  • Durante aquele instante da... Cabeçada, o rosto da maioria dos Doutores anteriores passam pela tela: Christopher Eccleston, David Tennant, Paul McGann, Tom Baker, Jon Pertwee, William Hartnell and Patrick Troughton. Ficaram fora o Quinto (Peter Davison), Sexto (Colin Baker) e o Sétimo (Sylvester McCoy).
  • O Doutor pela primeira vez diz que essa é a sua 11a regeneração.
  • O Doutor usa a camisa 11 no time de futebol!
  • Mostrar uma habilidade fora do comum num esporte não é novidade para o Doutor, mas isso só ocorreu antes uma vez, no episódio "Black Orchid", onde o Quinto Doutor mostrou que não usava jaqueta de críquete à toa. O Quarto Doutor falou que era habilidoso com o críquete, e o Décimo mostrou extraordinária pontaria com uma bola de críquete, no episódio "The Family of Blood".
  • O Doutor faz uma piadinha citando o programa médico holográfico de emergência (também conhecido como o... Doutor!) que há a bordo de naves como a USS Voyager, em Star Trek: Voyager. Ele fala: “Por favor fale a natureza da emergência", enquanto o Doutor holográfico fala "Por favor fale a natureza médica da emergência".
Gostaram? Eu gostei, bem divertido e leve. Mas agora, finalmente, vamos para o final da temporada, onde abre-se Pandorica, e veremos o que Steve Moffat aprontou para nós. Até lá, e... Gerônimo!

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