quarta-feira, 21 de julho de 2010

Doctor Who 2005 - 5x10 - "Vincent and the Doctor"

Posted on 01:11 by Unknown

O Doutor leva Amy a uma exposição do pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh, no Musée d'Orsay, em Paris. Lá, ao admirar a obra de Van Gogh, encontram numa pintura ("The Church at Auvers") uma imagem de uma criatura alienígena numa das janelas. Então, eles decidem voltar no tempo, para falar com Vincent. E eles chegam em 1890, e vão até um café em Arles, França (quadro "Cafe Terrace at Night"), onde encontram Vincent bebendo. Ele é um homem solitário, de má reputação, mas que nota Amy e resolve se abrir. Eles descobrem que houveram mortes recentes, e as vítimas foram devastadas por alguma espécie de besta ou animal selvagem. Vincent é considerado culpado pelos aldeões, e ambos decidem ajudá-lo.

O Doutor e Amy pernoitam na casa de Vincent, que confessa sua crença de que seus trabalhos só valem para ele mesmo, ninguém as quer. Mas ele ainda acredita que o Universo está cheio de maravilhas, mais do que podemos imaginar. Quando Amy é atacada por um ser invisível, nota-se que só Vincent consegue vê-lo, e ele o pinta para o Doutor. O nosso Senhor do Tempo favorito identifica-o como um Krafayis, um voraz predador que anda em bandos, e que foi abandonado na Terra. Os três preparam-se então para parar a criatura, e o Doutor promete que, depois de resolver isto, eles sairão da vida de Vincent, que ouve, tranca-se no seu quarto e chora muito. Ele é um homem solitário, frustrado e doente, e finalmente tem amigos, gente que valoriza o seu trabalho. Quando o Doutor aproxima-se dele, Vincent diz que todo mundo, no fim, o abandona, esquecido e sem esperanças. O Doutor tenta criar empatia com ele, mas Vincent irrita-se e manda eles partirem. Só que depois, ele resolve ajudar, e vão na direção da igreja, para pintá-la e assim atrair a criatura. No caminho, Vincent fala a Amy que ela tem uma tristeza e um sentimento de perda nela, mas que ele não consegue identificar.

Na igreja, Vincent começa a pintar a igreja, esperando que a criatura apareça. Passam-se muitas horas até que ele a veja, e o Doutor entra na igreja para confrontá-la. Amy e Vincent ficam do lado de fora, a pedido do Doutor. Seu objetivo é tontear a criatutra com a chave de fenda sônica. Vincent convence Amy a entrar com ele, e ele consegue ver a criatura perseguindo o Doutor, que é avisado a tempo. Ele e Amy escondem-se no confessionário, mas a criatura ataca-os. Com base na descrição das ações do animal que Vincent está fazendo, o Doutor entende que a criatura é cega, e foi deixada de lado pelo seu bando. Vincent tenta defender-se da criatura com o tripé onde ele apóia o quadro que ele pinta, mas o Krafayis acaba empalando a si mesmo e morrendo. O Doutor tenta salvá-lo, e Vincent explica as ações do animal: Ele tinha medo e frustração por estar cego.

Feito isto, os três deitam-se na grama, e Vincent explica como ele vê o céu à noite, em azul marinho, circundado pelo ar circulante, e assim o Doutor reconhece a inspiração para um dos quadros de Vincent ("The Starry Night") No dia seguinte, o Doutor e Amy preparam-se para ir embora, e Vincent fala para Amy que, se um dia ela largar o Doutor, para ela voltar e casar com ele. No final das contas, o Doutor oferece a Vincent mostrar-lhe uma coisa, e leva ele no TARDIS até o Musée d'Orsay, em 2010. Lá, o Doutor começa uma discussão com o curador da exposição, Dr. Black, de forma que Vincent ouça. E o Dr. Black discorre o quão maravilhoso o trabalho de Vincent van Gogh é maravilhoso, e diz que ele é "maior de todos os pintores". Vincent, emocionado (chorando que nem criança!), abraça o Dr. Black, beija-o na face e sai eufórico, emocionado (e a gente chora nesse momento). Os três voltam ao passado, onde eles se despedem de Vincent, um novo homem. Amy ainda está incerta da proposta de casamento de Vincent, dizendo que ela "não é do tipo da mulher que se casa".

Ao voltarem cheios de expectativas para 2010, imaginando ver que Vincent viveu ainda muitos anos, pintou muito mais quadros... Mas a decepção foi saber que ele cometeu suicídio aos 37 anos, e não houve nenhum quadro novo. Amy chora, fica triste, e o Doutor explica que a vida é uma mistura de coisas boas e ruins. O encontro deles com Vincent trouxe algo de bom para a vida dele, como pode ser visto nos seus trabalhos: Não há mais o monstro na pintura da igreja, e na pintura Vase with 12 Sunflowers há a inscrição, "Para Amy".



Esse é um episódio para CHORAR. Mulheres choram, homens se emocionam... O monstro é apenas um pretexto para contar uma história sobre um homem genial e atormentado. O episódio é lindo, o roteiro é simples mas primoroso, o ator que faz Vincent van Gogh é fantástico... E mais vocês ouvem no episódio 10 do Universo Who Podcast. Vamos às curiosidades?
  • O ator que faz Vincent van Gogh, Tony Curran, aparece em várias séries, sendo a mais recente, a 8a temporada de 24 Horas. Sim, ele foi morto pelo Jack Bauer, e vocês custarão a reconhecê-lo porque ele está sem barba.
  • Imagens do Primeiro e Segundo Doutores aparecem no dispositivo que o Doutor monta para achar o Krafayis.
  • O ator que faz o Dr. Black é nada mais nada menos que Bill Nighy, que não é creditado, e quase implorou para aparecer em Doctor Who. Só para lembrar um dos muitos filmes que ele fez... "Piratas do Caribe", ele é Davy Jones, o vilão!
  • Comparando as gravatas, o Doutor novamente fala "gravatas borboleta são legais", coisa que ele já falou em "The Eleventh Hour" e "Amy's Choice".
  • Aliás, curioso é ver que Vincent van Gogh (Tony Curran) tem sotaque escocês... Sendo ele mesmo holandês. Ele pergunta a Amy se ela é holandesa, e o Doutor confirma que é. Por quê isso? No episódio "The End of the World" fica estabelecido que o TARDIS permite o Doutor e seus companheiros inconscientemente falar na língua nativa do local onde eles estão, e compreender a eles e outros em inglês (conveniente, não?).
  • Amy comenta alguns dos locais onde o Doutor a levou para conhecer, entre eles, Arcadia. E Arcadia caiu, durante a Última Guerra Temporal, como foi mencionado no episódio "Doomsday". Mas também pode ser referência a Arcádia, uma região da Grécia. Esse episódio apresenta essas viagens como uma compensação a Amy pela morte do seu noivo, Rory Williams, no episódio anterior, e ela não lembra de nada. Van Gogh pode sentir a tristeza de Amy por causa da morte de Rory, e o Doutor sem querer relaciona Vincent e Amy como Amy e Rory.
  • Em um dos componentes do console central da TARDIS tem o símbolo da Magpie Electricals, a mesma empresa do episódio "The Idiot's Lantern".
  • As pinturas vistas no episódio, feitas por Vincent van Gogh, são (em inglês): Wheatfield with Crows, Sunflowers, The Starry Night, The Church at Auvers, Cafe Terrace at Night, Prisoners' Round, Bedroom in Arles, Self-Portrait with Straw Hat, Berceuse and Portrait of Dr. Gachet.
  • Muitas das pinturas são referências ao cenário visual do episódio, como Vincent van Gogh e seu chapéu, sua cadeira, cachimbo e lenço, todo o seu quarto em Arles, o café onde ele bebia... E ainda a cena como Vincent teve a inspiração para o quadro The Starry Night.
  • Curiosidade pessoal: Tenho uma reprodução do quadro dos girassóis (Vase with 12 Sunflowers) na sala de casa... Mas não tem o "Para Amy" nele... Acho que vou colocar com caneta de retroprojetor!
  • Outra referência pessoal: Ao ouvir o Doutor falar que a vida é feita de coisas boas e ruins, não tive como não lembrar desse capítulo do livro de Eclesiastes, na Bíblia...
  • O Doutor menciona que conheceu Michelangelo enquanto ele trabalhava na Capela Sistina, e Picasso durante a sua fase cubista.
  • A música executada enquanto o Doutor e Amy mostram o museu e as pinturas a Vincent é a música "Chances", da banda britânica Athlete (álbum: "Tourist").
Gostaram? Eu adorei, talvez o melhor episódio "filler" de todas as temporadas. Mas sigamos em frente, e o Doutor terá agora o seu maior desafio: Dividir um apartamento com um estranho! Muito divertido, eu diria. Até lá, e... Gerônimo!

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