O episódio continua daonde o anterior parou: O Doutor e Nasreen chegam com o TARDIS numa grande cidadela Siluriana (e eles achando que era uma tribo, apenas), nas profundezas da Terra. Rapidamente são capturados e enviados para a análise do doutor Siluriano, Malohkeh (A 1a coisa q pensei c/ esse nome é "maloqueiro", mas vá lá). Enquanto isso, Amy e Mo, atados à mesas, tentam e conseguem escapar. Na fuga, eles encontram Elliot, o filho de Mo e Ambrose (o garoto disléxico), sedado e numa câmara de observação. O pai fica (obviamente) irritado, e eles pegam em armas. Enquanto Nasreen é sedada, o Doutor é submetido por Malohkeh a dores realmente intensas, até que o doutor Siluriano entende que o Doutor não é humano. A líder da casta guerreira Siluriana, Restac, chega e insiste que ambos devem ser mortos, levando-os para uma corte Siluriana, para julgamento. Amy e Mo tentam impedir o julgamento (sumário), mas também são presos. E aí, todo mundo junto, pronto para ser morto.
Nisso a gente percebe que há uma guerra de poder entre os Silurianos, quando Eldane, o líder de todos os Silurianos (o presidente, podemos dizer assim) é acordado da hibernação por Malohkeh e ordena a suspensão as hostilidades, apesar de Restac querer o contrário. O Doutor faz contato com Rory, Ambrose e Tony, lembrando-os de manter Alaya, a Siluriana capturada (e irmã de Restac) viva, para realizar uma troca de prisioneiros e evitar hostilidades futuras. Só que... Ambrose tentou forçar Alaya a dizer como curar Tony, seu pai, daquele veneno deles. Ela riu, deu de ombros, Ambrose, desesperada, torturou a Siluriana com um taser (choques elétricos), só que Alaya não resistiu e morreu. Tudo o que um processo de paz não quer.
O Doutor media as negociações de paz entre Eldane e os humanos (representados por Nasreen e Amy). As propostas são interessantes, como humanos e Silurianos trabalhando juntos, compartilhando tecnologia (a deles é mais avançada do que a nossa), e dando um fim ao conflito. A troca de reféns é planejada, e aqueles que estão na superfície são chamados a descer. Só que Rory, Ambrose e Tony, preocupados com a reação Siluriana pela morte de Alaya, cometem o segundo erro: Colocam a perfuratriz (ou broca, como queiram) programada para continuar a furar logo depois que eles descerem. Ela se auto-destruirá em 15 minutos, e com isso destruirá o suprimento de oxigênio dos Silurianos, matando a todos.
Restac está furiosa com a intervenção humana e mata Malohkeh, julgando-o um traidor. Ela então acorda vários outros que são da casta guerreira, e tenta um golpe de estado contra Eldane. Quando Rory e os outros chegam com o corpo de Alaya, Restac fica furiosa (não é para menos), e ordena a morte de todos os humanos; o Doutor consegue desabilitar temporariamente as suas armas para dar aos humanos, ele e Eldane tempo para fugir. E eles fogem para o laboratório do doutor Siluriano, Malohkeh. Quando o Doutor fica sabendo da broca, ele e Eldane percebem que podem usar de tecnologia Siluriana para destruí-la antes que possa causar danos à civilização Siluriana. Mas se eles não chegarem a tempo no TARDIS, todo mundo morre. Eldane consegue fazer com que os guerreiros Silurianos voltem para a hibernação, iniciando uma "fumigação tóxica", permitindo aos humanos escaparem. Fica a esperança de que, em 1000 anos, paz entre os humanos e os Silurianos possa ocorrer. Tony, que ainda foi afetado pelo veneno de Alaya, opta ficar para trás, para ser curado pela tecnologia Siluriana. Nasreen declara-se para Tony e decide ficar também. Ela quer estudar a Terra a partir de baixo e ajudar a melhorar as relações entre as duas raças.
O Doutor, Amy, Rory e a família de Ambrose escapam para o TARDIS. Lá, eles acham uma rachadura (sempre ela) na parede da caverna, proveniente de uma explosão no continuum espaço-tempo. O Doutor enrola a mão num lenço, e corajosamente enfia a mão dentro da rachadura: Já que houve uma explosão, deve haver destroços. E ele pega algo que, ao olhar, ele se assusta (ainda não sabemos o quê é. Antes dele explicar, Restac, que está morrendo intoxicada devido à exposição aos gases, atira no Doutor, mas Rory empurra-o e toma o tiro. Fatal. Rory morre nos braços de Amy, mas antes de morrer fala da confusão, de ter visto à distância (episódio passado) uma versão do futuro deles mesmos quando eles chegaram no TARDIS àquela cidadezinha. O corpo de Rory foi absorvido pela rachadura, e o Doutor, desolado, não podendo fazer nada: Rory será apagado da história, devido à natureza da rachadura. O Doutor ainda força Amy a entrar no TARDIS antes da broca explodir, e tenta fazer com que ela lembre-se de Rory, seu noivo. Mas uma perturbação, gerada pela TARDIS, faz com que ela perca a concentração e o esqueça. O Doutor acha o anel de noivado, que Rory deu para Amy - e que ele guardou para ela não o perdesse - e o guarda com ele.
Na superfície, Ambrose agradece ao Doutor por não deixar que os Silurianos a matassem, nem a ela nem à sua família. O Doutor a incentiva a ajudar a humanidade a se preparar para o próximo encontro com os Silurianos. Ele e Amy voltam para o TARDIS, e agora somente vendo uma pessoa do futuro, que é a Amy, apenas. Antes de partir, o Doutor pega o destroço que pegou dentro da fenda, olha e compara com a porta do TARDIS: É um pedaço idêntico.
Que episódio! Nossa, fantástico, o Chris Chibnall está de parabéns por fazer uma 2a parte ainda melhor do q a 1a. Fenomenal! Alguns pontos ficaram soltos, como a dislexia do Elliot, ou como Ambrose irá preparar a humanidade. Também essa questão da Amy do futuro. Fica também a tristeza, da morte do Rory - mas todo mundo sabe que ele vai aparecer de novo, e é no final da temporada. É uma pena, mas o personagem estava ficando cada vez melhor. Parece que todo aquele que começa a crescer na série, acaba morrendo. Foi assim com o Padre Octavian no último duplo, e foi assim agora com o Rory. Bem, vamos ver como Moffat irá explicar tudo, afinal, nele cremos. Quanto ao episódio, ele é fantástico, muito bem escrito, mostra a ambiguidade de pensamento dos Silurianos, as castas, toda uma civilização... Muito bom. Maiores novidades, recomendo o Universo Who Podcast, no episódio em que eu, Breno Costa (Universo Who), RodReis (Papo de Artista) e a Katrina falamos a respeito. Ouçam e comentem.
Curiosidades... Algumas. Vamos à elas:
- Os eventos desse episódio duplo dão sequência ao arco sobre as rachaduras no tempo.
- O sono de 1000 anos dos Silurianos significam que eles pretendem retornar à superfície depois dos eventos ocorridos no episódio "The Beast Below", quando os humanos saíram da Terra por um tempo e depois retornaram.
- Depois dessa descontaminação, o Doutor pergunta aos Silurianos se eles tem aipo ou tomates. Engraçado que esse Doutor tem uma questão com comida, coisa que vimos em "The Eleventh Hour". O Quinto Doutor (Peter Davidson) carregava um talo de aipo no seu paletó.
- O transporte dos Silurianos usam bolhas de gravidade, que nem as bolhas usadas para levar os Spitfires ao espaço, em Victory of the Daleks.
- O Doutor afirma que o Prisioneiro Zero sabia das rachaduras no tempo.
- Ele também menciona a risada que os Anjos Lamentadores deram dele.
- O episódio foi chamado erroneamente de Warm Planet, pela BBC.
- Pelo visto o TARDIS está no centro dessa explosão que iniciou as rachaduras. É o que vemos com o pedaço que ele pega.
- Segundo o Doutor, os Silurianos hibernaram pela primeira vez quando a Lua alinhou-se com a Terra pela primeira vez.
- Rory não foi o primeiro nem o último companheiro do Doutor a ser morto. Aliás, muitos dizem que a sua morte parece muito com a morte do Adric, companheiro do Quinto Doutor.
- Mas ser atingido por um tiro que era para o Doutor não é exclusividade do Rory. Jenny também morreu assim, em "The Doctor's Daughter".
- O Doutor cita novamente os pontos fixos no tempo, como já falou em The Fires of Pompeii e The Waters of Mars.
- Os Silurianos queriam aprender com os humanos, por isso a vivissecção.
- O Doutor cita outra espécie de Silurianos que ele encontrou no passado, e eles foram mortos por humanos. Isto é uma referência ao episódio "Doctor Who and the Silurians", da série clássica.
- As filmagens ocorreram no jardim botânico de Plantasia, em Swansea. o mesmo local usado como locação para o episódio "The Doctor's Daughter"
Bem, é isso. No próximo, pintura, Van Gogh e talvez o episódio mais apaixonado, passional e emocionante de toda a série. Até lá, e... Gerônimo!
O Doutor, Amy e Rory querem ir ver o carnaval do Rio de Janeiro, mas vão parar numa pequena vila galesa, Cwmtaff, no ano de 2020. Amy inclusive reclama que ela está vestida para o Rio, não para o frio do País de Gales, naquela época... Mas ela sempre está vestida para o Rio, não? (deixemos os estereótipos de lado, eu sou carioca e no momento está frio por aqui). Eles vêem, à distância, Amy e Rory do futuro, acenando para eles, mas o Doutor não deixa eles interagirem. Deve ser algum paradoxo temporal, ainda mais depois do que a Rose fez no episódio "Father's Day"...
